Erro de direito?

Lembro que ano passado, no jogo entre Botafogo X Palmeiras, aconteceu algo parecido. Daquela vez não conseguiu se provar que houve o som do apito do árbitro autorizando o reinício e mesmo assim aquela partida foi parar nos tribunais e passou muito perto de ser anulada, com muito menos elementos que os de ontem no Castelão.

O sinal do árbitro Wagner Magalhães somado ao seu apito mostram claramente que uma série de erros em cascata tomou conta da cabine do Var e foram até o campo, onde todos têm sua parcela de responsabilidade.
Quando o Var revisa o lance de impedimento erroneamente dando ao árbitro a informação de gol legal, erram dois: o VAR e o AVAR2 (bandeirinha designado na cabine apenas para avaliar situações de impedimento).
O árbitro de campo, por sua vez, recebe esta informação - com todos os jogadores já posicionados para o recomeço da partida - imediatamente coloca o apito na boca, apita e faz o gesto dando validade ao reinício que se confirma quando a bola rola...e ela rolou!!
A partir deste momento, pela regra, uma decisão técnica não pode ser mais modificada como aconteceu.
O certo seria o o árbitro reconhecer que apitou - e que, por isso, não poderia mais voltar atrás - e agradecer ao VAR dizendo: " obrigado, mas agora vamos até o fim com nosso erro."
Do ponto de vista da regra é o mais correto, apesar de não ser o mais justo, haja vista que o gol foi corretamente anulado, porém, mediante procedimento errado.
A menos que o áudio entre a sala do VAR e o campo mostre algo relevante, na minha opinião, se analisarmos a letra fria da regra, não há como não anular esse jogo. Apesar disto, ano passado, no episódio Botafogo x Palmeiras o tribunal optou pela decisão correta da arbitragem, apesar do erro, pela "manutenção da estabilidade da competição".

Agora vamos esperar os desdobramentos extra campo nos bastidores e nos tribunais.