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Novato no Cruzeiro, Jhonata Robert quer fazer história em remontada da equipe: 'Nos momentos difíceis é que a gente se sobressai'

Destaque na base do Grêmio, jogador encarou projeto do Cruzeiro como desafio para primeira temporada no profissional

Jhonata Robert chegou no Cruzeiro no começo dessa temporada (Foto: Gustavo Aleixo)

Por Monique Danello

Foi no título da Copa Ipiranga em 2019 que Jhonata Robert se destacou, mas ele já chamava a atenção nas categorias de base do Grêmio. O meia-atacante, natural de Recife, chegou em Porto Alegre em 2017. Nasceu com uma deficiência, que reduz a capacidade de audição em cada um dos ouvidos, mas isso nunca foi um problema no futebol. Jhonata estreou no profissional pelo Tricolor contra o Goiás, no fim do último Campeonato Brasileiro, e nessa temporada foi emprestado ao Cruzeiro.

"Foi um consenso de que seria melhor para todo mundo e serviria também para eu ganhar rodagem, experiência. O Cruzeiro é um gigante do futebol brasileiro que passa por um momento difícil, de reformulação, e eu me sinto muito honrado e feliz por fazer parte disso. Em nenhum momento tive dúvidas dessa decisão e estou muito empenhando e disposto a ajudar o Cruzeiro nesse ano tão importante para o clube, com o objetivo de voltar para primeira divisão, de onde nunca deveria ter saído", contou o jogador.


Logo na estreia, contra o Tupynambás pelo Campeonato Mineiro, Jhonata Robert marcou seu primeiro gol pelo Cruzeiro. Ganhou oportunidades como titular, sob o comando do técnico Adilson Batista. Ainda não teve contato com Enderson Moreira, desde que o novo treinador foi apresentando à distância. O meia-atacante está confiante que pode fazer história nessa primeira temporada completa no profissional.

"Acho que todo jogador sonha em fazer história e marcar seu nome na equipe que defende, e comigo não é o contrário. Nos momentos difíceis é que a gente se sobressai e mostra garra, determinação e força de vontade para dar a volta por cima. Vim para o Cruzeiro sabendo que seria um ano diferente, de desafios, e por isso fico muito motivado em fazer parte dessa caminhada para voltar à primeira divisão do Brasileiro", analisou Jhonata.

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Confira a entrevista na íntegra:

Como tem sido sua rotina com a família nesse período de quarentena e como tem feito seus treinamentos?
É uma situação diferente que estamos vivendo, de ter que ficar em casa. O lado positivo é poder aproveitar mais a família, estar mais junto, mas o futebol faz falta, assim como todas as outras atividades. Mantenho uma rotina de treinos diária para estar sempre próximo à forma física ideal, mas é bem diferente do dia a dia de treinamentos do clube. É tentar estar o melhor possível quando tudo voltar ao normal.

Antes de seguir para o Cruzeiro, você conseguiu estrear pelo profissional do Grêmio. O que você guarda de memória daquele jogo?
Foi um jogo especial por marcar minha estreia no profissional, mesmo sendo por poucos minutos. Vinha de boas atuações no Brasileiro de Aspirantes e na Copa RS, e a oportunidade de jogar pela equipe principal coroou esse bom trabalho que vinha desenvolvendo. É um momento que vou guardar para sempre na memória.

Como era a relação com o Renato e o quanto ele te ajudou nesse processo?
O professor Renato é um cara excepcional, e todos sabem a forma dele de trabalhar. É uma pessoa que zela muito pelo seu grupo, sempre buscando o melhor de cada jogador, e comigo não foi diferente. Sabia que tendo boas atuações, a chance apareceria para jogar no profissional, e aconteceu. Não é à toa que está há tanto tempo no comando do Grêmio.

Como foi a conversa para concretizar seu empréstimo para o Cruzeiro? Em algum momento, você teve receio, por tudo que o clube mineiro estava passando?
Foi um consenso de que seria melhor para todo mundo, e serviria também para eu ganhar rodagem, experiência. O Cruzeiro é um gigante do futebol brasileiro que passa por um momento difícil, de reformulação, e eu me sinto muito honrado e feliz por fazer parte disso. Em nenhum momento tive dúvidas dessa decisão e estou muito empenhando e disposto a ajudar o Cruzeiro nesse ano tão importante para o clube, com o objetivo de voltar para primeira divisão, de onde nunca deveria ter saído.

Por mais que seja um momento delicado, você também vê como a chance de conseguir fazer história em um clube como o Cruzeiro?
Acho que todo jogador sonha em fazer história e marcar seu nome na equipe que defende, e comigo não é o contrário. Nos momentos difíceis é que a gente se sobressai e mostra garra, determinação e força de vontade para dar a volta por cima. Vim para o Cruzeiro sabendo que seria um ano diferente, de desafios, e por isso fico muito motivado em fazer parte dessa caminhada para voltar à primeira divisão do Brasileiro.

Fazer gol logo na estreia é um alívio? Isso te deu mais confiança?
Foi um momento mágico, que jamais esquecerei. Vim para cá para buscar o meu espaço, mostrar o meu futebol e o meu valor, e pude começar a minha trajetória no Cruzeiro com o pé direito, fazendo gol logo na estreia. Com certeza é importante, te dá um pouco mais de confiança, mas sei que é preciso manter o ritmo e o foco para seguir atrás dos resultados e conquistar coisas importantes.

Até a parada, foram 10 contratações do Cruzeiro, muitos jogadores jovens. Como tem sido esse processo de entrosamento e conhecimento dentro do grupo?
É um ano de renovação, de remontada para o Cruzeiro. Alguns jogadores que estavam no ano passado ficaram e outros chegaram, e essa mescla é importante para o grupo. Temos muitos jogadores jovens e, ao mesmo tempo, outros muito experientes que conduzem o grupo de forma excepcional. O entrosamento vai acontecer naturalmente, com o dia a dia, os treinos e jogos, mas o que dá para falar é que estamos todos muito unidos e focados nos objetivos que temos no ano.

Você ganhou chances com Adilson Batista, mas foi um momento de adaptação também para todo o time. O que você espera do teu futebol agora com Enderson?
Ainda estamos no início do ano, e as atividades foram paralisadas muito no começo dos campeonatos. É difícil tirar qualquer tipo de conclusão agora, tanto positiva quanto negativa. O que posso dizer é que não vejo a hora de voltar aos treinos e jogos para fazer o que mais amo, que é jogar futebol. Acho que tenho muito a oferecer para a equipe e estou disposto a dar o meu máximo para ajudar o Cruzeiro.

O Enderson acabou sendo apresentado à distância, por conta dessa pandemia. Você já teve contato com ele, ele já te procurou?
Ainda não tivemos, mas acompanhei o trabalho do professor Enderson em outros clubes. Todos falam muito bem dele, e sei que ele chega para agregar muito à nossa equipe. É um cara de espírito vencedor, experiente, e vai nos guiar nessa caminhada para conquistar os objetivos do ano, principalmente o de voltar à primeira divisão do Brasileiro.

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