11/6/1970 - Peru é o rival nas quartas
Seleção foi primeira colocada no grupo e esperava o segundo do grupo de León: o Peru dirigido por Didi, craque bicampeao mundial em 1958 e 1962
Por Mauro Beting
Para Nelson Rodrigues, em O GLOBO: "Nunca os brasileiros jogaram tão bem. Nem em 58 e nem em 62 jogaram tão bem como nos 23 minutos iniciais contra a Romênia".
"O futebol brasileiro atravessa a maior fase de sua história".
Nelson. Definitivo.
E antes da fase decisiva.
O que mais preocupava o médico Lídio de Toledo era a torção no joelho direito de Everaldo. A comissão técnica estava otimista. Mas Marco Antonio estava de sobreaviso para voltar à Seleção que seguiria em Guadalajara para as quartas. Clodoaldo tinha dores no joelho. Mas nada preocupante.
Gérson e Rivellino voltariam ao time brasileiro. Piazza retornaria à zaga, e Paulo César e Fontana seriam reservas mais uma vez.
Carlos Alberto Parreira e Rogério observaram o Peru. Numa época em que se falava mais e abertamente sobre tudo (ao menos de futebol...). O auxiliar de preparação física Parreira abriu o jogo: entendia que o Peru não tinha nada demais, que tinha bons jogadores como Cubillas, mas um time muito lento para marcar, muito espaçado entre as linhas, com laterais fracos, e defesa frágil.
Enfim, abertamente, o Brasil era favorito para membros da comissão técnica.
Classificada, também não se sabia para onde a Seleção iria disputar a semifinal.
Como em 1966 , quando a Inglaterra conseguiu com a Fifa (ou a Fifa conseguiu com a Inglaterra) não sair de Wembley para jogar a semifinal contra Portugal em Liverpool, o comitê organizador do Mundial de 1970 só definiria os jogos em Guadalajara e Cidade do México depois da definição dos semifinalistas.
No Hotel Maria Izabel, na capital, foi feito naquela quinta-feira um sorteio para definir quem terminou em primeiro no grupo 1. Deu URSS. México no segundo lugar.
(Sim. Sorteio em hotel definiu posições. E poderia definir mais coias depois...)
Brito cortou a barba. Deixou apenas bigode: "promessa".
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