Imagem ilustrativa na TNT Sports

Assista a jogaços exclusivos do Paulistão e a TODOS os jogos da Champions League AO VIVO!

ASSINE JÁ
Blogs

16/5/2020 - Pelé e Fontana se entenderam em nome do tri

Maior desentendimento na Seleção foi entre Fontana e Pelé, que já vinha de outros tempos e campos. Superado pelo entendimento coletivo de que era preciso esquecer qualquer coisa para ser lembrado por todos os tempos. 

A figurinha carimbada de Pelé
A figurinha carimbada de Pelé

Por Mauro Beting

Fontana e Pelé não se entendiam desde embates homéricos entre Santos x Vasco, Santos x Cruzeiro. Desde que Pelé deixou Procópio fora do futebol numa entrada dura que faria com que o companheiro de zaga de Fontana só voltasse ao futebol cinco anos depois (em 1974), as coisas ficaram piores.

Na Seleção, toleravam-se pelo bem comum. Jogavam até futevôlei na mesma dupla. Mas um desentendimento de jogo deixou o ambiente mais pesado. Áspero.

Pelé então tomou a iniciativa. À noite, chamou o companheiro na presença de todo o grupo, explicitou que eles realmente não se entendiam, mas que o objetivo era ganhar a Copa. Estavam todos ali para aquilo. Eles se entenderam. O grupo saiu mais forte para o Mundial.

Naquele sábado, véspera do segundo amistoso no México, Zagallo mais uma vez pedia ao grupo que maneirasse nos treinos. Não queria perder mais ninguém depois do corte de Rogério por lesão muscular na coxa. Por isso a Seleção passaria a ter menos coletivos e mais treinos táticos.

No Brasil, Aymoré Moreira, treinador bicampeão do mundo em 1962, não tinha gostado da ideia de chamar Leão, um terceiro goleiro, no lugar do ponta-direita Rogério: "estão faltando atacantes no elenco. Tem muita gente no meio-campo. E o time com o Jairzinho fica muito lento...".

Outra crítica interna era do exigente zagueiro Joel Camargo. Ele não tinha gostado de ter ficado com o número 17 para a Copa.

O 13 da sorte de Zagallo era a camisa inusitada para um centroavante como Roberto, que havia sido convocado para ser titular. Mas tinha perdido a condição para Tostão, que fora examinado pelo oftalmologista doutor Abdala, que era o mais confiante na sua capacidade para jogar o Mundial (depois de ter tido um descolamento de retina em setembro de 1969).

Pelos números entregues pela CBD para a Fifa para a inscriação de cada atleta (quando ainda todos os times entravam em campo de 1 a 11), o Brasil titular de Zagallo seria Félix; Carlos Alberto, Brito, Piazza e Marco Antonio; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Pelé e Rivellino; Tostão.

Era o time que realmente Zagallo tinha em mente para estrear em 3 de junho de 1970, contra a Tchecoslováquia, em Guadalajara.

Mais Vistas