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20 anos do penta

Parece que foi ontem. E vai ser pra sempre.

É penta!
É penta!

Por Mauro Beting

Foram 18 jogos para se classificar para 2002. Duas CPIs entre eles. Quatro treinadores diferentes convocaram 104 atletas para o Brasil se classificar apenas na última partida contra a Venezuela. Em nível muito inferior a da equipe da Argentina que desde 2000 voava com Marcelo Bielsa no comando. Só jogando menos no planeta do que a campeã mundial de 1998 e europeia de 2000. A França que nunca tinha jogado tanta bola na vida até Zidane se lesionar uma semana antes da Copa na Ásia. E pela primeira vez desde 1930 o então campeão não marcar um golzinho sequer e ser eliminado já na primeira fase do Mundial. Junto com a outra favorita Argentina, que caiu na morte do grupo idem.

O Brasil pegou “moleza” no início. Ainda que tenha virado com sorte e apito mais do que juízo contra a Turquia. O que era “carne assada” viraria carne de pescoço até a semifinal. A mesma Turquia acabaria terceira colocada, e seria ainda mais difícil de ser batida por um bico de R9. Fenômeno que ajudou a família Scolari a protagonizar história de sessão da tarde. Eu não iria ver uma produção tão água com açúcar como a história real de superação fenomenal. O gênio que não “andaria mais direito” meses antes e foi o artilheiro e craque da Copa. Superando até a ausência de outro gênio como Romário. Fazendo em campo absurda parceira com Rivaldo. Caso único de um dos três melhores jogadores de dois Mundiais consecutivos.

Brasil que foi 100% em sete jogos também por rivais frágeis como China e Costa Rica, devidamente goleados por um time que taticamente não se encontrava ainda com Juninho Paulista tentando fazer função que jamais realizara. Mas que se ajustaria no até então inédito (para Felipão) 3-4-2-1 com a entrada de Kleberson como segundo volante. Ao lado de Gilberto Silva que assumira na véspera a função do capitão Emerson. Um primeiro volante que nem Felipão achava antes que podia ser esse cabeça de área. Como o próprio treinador não considerava jamais cinco anos antes DE ser treinador do Brasil.

“Talvez eu possa ser técnico do Uruguai... E olhe lá.”

E como viramos esse jogo. Felipão foi muito Brasil na mais difícil partida da Copa, contra a Bélgica. Vencida pela genialidade de Rivaldo e também por mais um erro de apito. Nas quartas, a falha de Lúcio no gol de Owen foi virada com golaço de Rivaldo em jogadaça de Ronaldinho. Bruxo gaúcho que ainda faria outra genialidade em falta de longe até ser expulso.

Turquia batida por um Ronaldo que fez o gol e mais não precisou fazer na semi. Até o segundo tempo da decisão contra a limitada Alemanha. Mas sempre muito Alemanha. Quando Marcos mais uma vez fechou a meta, Ronaldo aproveitou uma Khangada do craque alemão da meta, e depois fechou com brilhantismo o placar em outro lance de craque de Rivaldo. Corta-luz que iluminou o Japão, a Coreia do Sul, e todo o mundo que foi Brasil há 20 anos. 100% Jardim irene na mais linda celebração de um campeão. Com o púlpito improvisado pelo capitão que mais jogou pelo Brasil. Único Cafu que esteve em três finais de Copas.

Capitão de uma seleção com dois alas voadores como ele e Roberto Carlos. Equipe com uma campanha estatisticamente 100%. Taticamente discutível. Mas tecnicamente irrepreensível.

O melhor time na Copa venceu depois de quatro anos de incertezas e fracassos e vexames dentro e fora de campo. Desorganização e falta de planejamento da CBF. Mas talento 100% Brasil em campo da última seleção 100% campeã de um Mundial.

E contando. Há 20 anos. E para sempre deixando a vida nos levar.

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