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Ah, o futebol... Flamengo 0 x 2 Fluminense

O favorito perdeu, mas ainda pode se achar no sábado numa final aberta do RJ-02.

Cano!
Cano!

Por Mauro Beting

O Fluminense fez uma sequência de vitórias que desde 1919 não tinha igual no início da temporada carioca e sul-americana. Algumas delas contra rivais frágeis. Mesmo vencendo todos os clássicos da primeira fase do estadual, os desempenhos eram discutíveis. Mas quando tudo parecia bem encaminhado no segundo mata-mata difícil da Libertadores, uma atuação ruim e medrosa acabou prematuramente com o sonho. Como outra atuação ainda pior contra um Botafogo ainda mais frágil que o Olimpia foi salva pelo gongo desequilibrado da arbitragem idem, no jogo de volta da semifinal do Cariocão.

Ou seja: quando tudo parecia encaminhado para o time de Abelão, o Fluminense negou fogo.

O Flamengo entrou em campo mais favorito do que o Flu no primeiro jogo da final. Normal. Por 2022. E por tudo desde 2019. Para não dizer antes no Maracanã. Ainda que o time de Paulo Sousa mude de humores e desempenhos como ele mesmo muda o time de nomes e números, o Fla era favorito na ida. Quem sabe também na volta por aquilo que deixara de decidir e vencer o Flu de Abel em 2022.

Na primeira etapa, quase que só deu Flamengo. Ainda que Marinho desse raiva. Vitinho, um pouco de esperança. E o time, mais uma vez, mais chegando na base da categoria individual do que do conjunto identificável.

Na segunda etapa, com quase toda a cavalaria à disposição de PS (BH desde o primeiro tempo, e Arrascaeta depois), o Flu deu uma encorpada. Fechou mais os espaços. Saiu um bocado mais. E não dependeu mais uma vez das grandes defesas de Fábio. Como a cabeçada de David Luiz na primeira etapa, e uma saraivada de ataques rubro-negros num só lance, na segunda etapa.

O empate meio que se justificava quando mais uma vez erros individuais levaram a quebras estruturais injustificáveis no Flamengo. Fosse ainda o treinador Renato, ele seria esquartejado na mídia rubro-negra. Mas é Paulo Sousa. Ainda devidamente blindado. Ou até demais pelo pouco que tem feito com muito que tem a escalar.

As falhas de Filipe Luís e, sobretudo de Leo Pereira, deram em letais contragolpes tricolores bem definidos por Cano, aos 37, e aos 39. Outra ótima solução para gols que merece mais cartaz. Ou teria se fosse Flamengo. Cartaz que o excelente Pedro tem perdido em partidas pálidas – e sem comparar os potenciais entre eles. Bem distantes.

Como ainda são os elencos de Fla e Flu.

Mas o futebol tem essa capacidade de revelar heróis e relevar mártires. E vice-versa. O clássico segue igualando os desiguais, e o Fluminense segue nessa impressionante toada contra o Flamengo.

O que eu dava 55% de chance de título para o Flamengo agora mudo para 51% pro Fluminense.

Ainda tem jogo. Desde que o Mengo volte a jogar. E que o Fluminense, mais uma vez, não se sinta “classificado” ou já “vencedor” ou “favorito” no mata-mata.

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