Por Mauro Beting
Corinthians venceu o Flamengo em Itaquera com um gol contra bisonho de Rodinei numa bola cruzada que não levaria a nada. O que levou o embalado e animado Timão de VP a fazer o suficiente para garantir o resultado contra o time alternativo de Dorival.
Pouco jogo.
O que também se viu em outro duelo decepcionante do multicampeão nacional contra outro gigante. O Galo pouco ameaçou a meta de Jandrei no Mineirão contra um São Paulo que não apenas superou o assédio inerme atleticano. Ainda deu suas pontadas. Mas nada de mais consistente e emocionante que o bom empate para os paulistas - pelas circunstâncias, não pela tabela.
Pouco jogo.
No mesmo horário, duas características básicas do Brasileirão entre as grandes ligas mundiais: a única onde se pode considerar “normal” o empate entre o líder e o lanterna. E, pior: mais um jogo com poucas chances criadas. Fechado com chave de chumbo do disjuntor que deixou a bela festa no Castelão apagada como a qualidade do espetáculo.
Pouco jogo.
Ou pior, parte 171: muito jogo no calendário para pouco futebol no Brasil.
Atletas esgarçados, poupados ou se poupando em campo. Tudo que não se planeja nas reuniões dos cartolas se planeja até demais em campo. Equipes em campo e no banco administrando prejuízos e carências pensando nos próximos compromissos, sem pressionar a bola ou a equipe rival. Adversária menos temerária que o calendário insano quanto intenso.
Resultado: nas partidas decepcionantes dos três primeiros colocados do BR-22, apenas um gol.
E contra.
E bizarro.
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