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Artes e arteiros

Michal e Maurício

Michael
Michael

Por Mauro Beting

Michael domina de letra a bola lançada pra ele. Parte para cima do são-paulino e cria mais um lance de perigo na grande vitória do Flamengo definida com 3 minutos no Morumbi.

Boa parte do time tricolor que segue jogando pedrinha e tem que lutar contra o rebaixamento vai pra cima dele com todas as pedras. Como má parte desse time que não é tão ruim como tem sido não conseguiu o pegar no terceiro golaço, e não conseguiria o marcar no quarto.

No sábado, no Beira-Rio, aos 37 do segundo tempo do 2 a 1 colorado contra o Athletico, Maurício fez algumas embaixadas antes de botar a bola no chão e partir para o ataque. Quando derrubado por Pedro Rocha que o cobrou abusivamente pela graça inconsequente, o árbitro piora o que já estava ruim mostrando amarelo para quem deu as embaixadas…

Talvez os dois não fizessem o que conseguiram realizar se estivessem empatando ou perdendo o jogo. Provável. Mas perder a cabeça como os rivais e alguns árbitros estão se perdendo ao coibir a graça e a troça até pueril de quem algumas vezes também não sabe ganhar não resolve.

Não é o fim dos tempos. Mas não é por aí que se vai proteger o futebol e quem acha a sua graça. Apenas se castra a alegria e a provocação talentosa, lances fugazes de criatividade. Alguns até desnecessários. Outros nem tão “artísticos” ou que requerem tanta habilidade.

Não gostou? Responde pela bola. Não pela boca. Não em patadas.

Sair na porrada com quem joga bola bem é a derrota do futebol. Amarelar quem parte ao ataque ainda que com firula é coibir o engenho (e nem sempre a arte) e ainda criar mais treta.

A intolerância com quem faz diferente é tão intolerável como quem reclama que tudo está chato e tudo não pode.

As quatro linhas são o limite. Mas alguns limitados estão piorando o debate. O combate pelo embate.

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