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Como foi o último título da seleção argentina

A Argentina entra em campo contra o Brasil no próximo sábado, para a decisão da Copa América, com o peso de um jejum de 28 anos sem títulos da seleção principal. Neste post, vamos relembrar como foi a última taça levantada pela equipe portenha, a Copa América de 1993

Batistuta meteu os dois gols da Argentina na decisão contra o México
Batistuta meteu os dois gols da Argentina na decisão contra o México

Por Vitor Sérgio Rodrigues

Um jejum de 28 anos no futebol é muito difícil de ser administrado. Para uma seleção do tamanho da Argentina então, bem mais difícil. A seleção portenha não conquista uma taça com sua equipe principal desde a Copa América de 1993, disputada no Equador. Neste sábado, na final da Copa América, os argentinos tentam derrubar essa incômoda escrita na final contra o Brasil, no Maracanã.

A Argentina chegou à Copa América de 1993 com muito cartaz, não só por ser a atual vice-campeã do mundo e a detentora do título do torneio continental, conquistado no Chile, dois anos antes. Mas também porque o time comandando pelo técnico Alfio Basile não era derrotado desde a decisão da Copa do Mundo de 1990, quando perdeu por 1 a 0 para a Alemanha. Era uma sequência de 31 jogos sem perder, que também teve a conquista da primeira Copa das Confederações (então nomeada de Copa Rei Fahad), em 1992.

Sem ter Diego Maradona, que se aposentou da seleção após o Mundial da Itália, e o atacante Claudio Caniggia, suspenso por doping, a Argentina tinha alguns jogadores experientes em Copa do Mundo, como o capitão Rugieri, Basualdo, Islas e o goleiro Goycochea, herói da Copa de 1990. Além disso, alguns jogadores muito qualificados que começavam a escrever sua história na seleção argentina, como Redondo, Simeone, Léo Rodriguez e o atacante Gabriel Batistuta. Uma equipe tida como favorita à conquista do título.

A Argentina estreou contra a Bolívia pensando em golear, mas a prática foi uma atuação bem discreta, contra a melhor seleção boliviana dos últimos 30 anos. No fim, a Argentina venceu por 1 a 0, com um belo gol de Batistuta, lançado no meio da zaga e batendo na saída do goleiro.

O segundo jogo foi contra o México, que saiu na frente em uma jogada de cobrança rápida de falta, que pegou a defesa da Argentina desprevenida. Os argentinos empataram 15 minutos depois, com o capitão Rugieri, mas o 1 a 1 gerou críticas da imprensa, com o goleiro Goycochea sendo o melhor em campo.

Argentina e Colômbia entraram em campo já classificadas na terceira rodada, mas os argentinos precisavam vencer para ficar em primeiro e fugir do Brasil. Saiu na frente aos 2 minutos em uma jogada de raça de Simeone, mas três minutos depois Rincón empatou para os colombianos. Esse foi o placar final, que aumentou o nível de crítica à seleção portenha.

Assim, Argentina e Brasil duelaram por um lugar na semifinal em uma partida dominada por uma rivalidade extrema. Os argentinos vinham muito confiantes, relembrando a eliminação nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 90 e a vitória na fase final da Copa América de 1991, no Chile, quando eles foram campeões. Mas foi o Brasil que saiu na frente, com um gol de Muller. Mas Léo Rodriguez, de cabeça, empatou o jogo no segundo tempo. E a vaga foi decidida nos pênaltis. Após um 5 x 5 na série regular, Goycochea pegou o chute de Marco Antônio Boiadeiro. Borelli bateu bem e colocou os argentinos na semifinal.

As atuações da Argentina não eram boas e as críticas só não eram maiores porque a seleção estava avançando. Na semifinal, mais um jogo amarrado, com a Colômbia tendo as melhores chances, mas no fim foi o quarto empate seguindo da Argentina: 0 a 0. E nos pênaltis o roteiro foi igual ao duelo contra o Brasil: os dois lados acertaram as cinco cobranças. Goycochea pegou a sexta cobrança colombiana, feita por Aristizábal, e de novo Borelli cobrou o penal que classificou sua equipe para a decisão.

O estreante México foi o adversário da decisão disputada em Guayaquil. O primeiro tempo foi muito equilibrado, mas na etapa final apareceu o grande artilheiro Batistuta. Aos 18 minutos, ele foi lançado nas costas da zaga, entrou na área e bateu forte no canto de Jorge Campos. O México empatou quatro minutos depois, em um pênalti cobrado por Galindo. Mas faltando 15 minutos para o fim, Simeone foi esperto ao cobrar um lateral muito rápido e acionou Batigol na área. O Camisa 9 cortou para dentro tirando o zagueiro da jogada e bateu firme para fazer o gol do título: 2 x 1. O goleiro Goycochea, herói em duas decisões por pênaltis, foi eleito o melhor jogador da competição.

Os argentinos comemoraram demais aquela conquista no Equador, mas o nível de jogo mostrado pela equipe deixou preocupação. Pouco mais de um mês depois, a invencibilidade de três anos caiu em Barranquilla, com a vitória de 2 a 1da Colômbia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Dois meses depois, um desastre maior: goleados pela mesma Colômbia por 5 a 0, dentro do Monumental de Nuñez, resultado que jogou os argentinos para a repescagem contra a Austrália e forçou o retorno de Diego Maradona à seleção.

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