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Como os nossos pais: América Mineiro 0 x 2 Palmeiras

A história de um menino de 11 anos que ganhou o primeiro jogo decisivo depois da partida do pai

Luiz Adriano!
Luiz Adriano!

Por Mauro Beting

Meu amigo de verde tem 11 anos. Perdeu o pai na véspera do Natal.

Covid.

América x Palmeiras, volta da semifinal da Copa do Brasil, foi a primeira decisão depois da partida de quem o fez palmeirense.

O primeiro tempo não terá nada para lembrar além de mais um latereio de Marcos Rocha que quase virou gol na falha do goleiro. Um chute do Willian de novo abaixo da média. Como todo o desgastado Palmeiras.

O América só faria alguma fumaça na segunda etapa de uma partida fraca. O Palmeiras só chegaria em outro arremesso de MR pra Gómez cabecear fora. Então Abel acordou com o time que não tinha atacantes no banco: colocou Patrick, Lucas Lima e Scarpa. Todos entraram bem. Como a bola mais bem colocada e mais lenta já chutada por Luiz Adriano, entre as pernas de Messias, e além dos braços de Matheus, aos 23. Gol de sinuca contra o goleiro que não conseguiria evitar o gol da vitória de Roni, de peixinho, aos 38.

O Palmeiras merecia melhor sorte na ida. Só empatou. Agora jogou ainda menos. E ganhou.

Quem explica?

É o mesmo que dizer para o menino de 11 anos que o pai não estará mais com ele.

Mas eles estarão sempre juntos com o que mais os uniu. Como ele escreveu a lápis num diário que começou agora.

"Vou sentir saudades de ver os jogos do Palmeiras com você. Mas juro que vou repassar esse amor adiante".

Meu pequeno amigo, o amor que seu pai te passou já nos fez passar adiante. Não só de fase pra nossa quinta final de Copa.
Esse amor passa mesmo sem jogar bem. Passa mesmo passando perrengues. Passa mesmo sem explicação alguma.

Esse amor que seu pai te passou, posso dizer isso há 54 anos, e nos 8 que vivo sem meu pai, nós passamos pros nossos filhos.

Esse amor é o que mais me uniu ao meu Babbo. É sobre o que mais converso com meus filhos.

Quando você tiver a felicidade maior na vida que é ser pai, meu amiguinho, você vai descobrir a felicidade ainda maior: a de ser pai de palmeirense.

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