Por Mauro Beting
Menos de 12 horas depois de a Argentina desistir de organizar (por razões sanitárias) o torneio que a Colômbia (por questões sociais-políticas) já havia desistido de também sediar, a Copa América de 2020 será no Brasil em 2021.
Surpresa zero.
Ainda que o governo federal esteja se mostrando mais cauteloso e "criterioso" ao responder aos e-mails de entidades estrangeiras, a celeridade em dizer "sim" não causou espécie.
Tinha outro jeito para realizar o torneio?
Não.
E jamais haveria solução ideal a duas semanas do pontapé inicial, em situação tão especial com tantas questões e kuestões tão espaciais.
Já tem bola rolando no Brasil nos campeonatos locais. Com viagens de todos os tipos e todos os certames em um país lamentavelmente (e provavelmente) à beira de uma terceira onda. E sem as nove delegações estrangeiras que chegarão ao país, e mais outros profissionais envolvidos no evento em um país que não consegue fazer que seus cidadãos consigam chegar em lugar algum do planeta pelos niveis de nossa doença.
O Brasil, há muitos anos, em vários campos, desmoralizou o termo "inacreditável".
Tudo é crível neste país.
E que se mantenha civilizado e civil mesmo em dias de muita desinteligência e desentendimento.
A bola está lançada.