Por Mauro Beting
Um cruzado. Não é um discutível herói medieval. Não é a moeda do Sarney em 1986. Foi o soco que o baiano Hebert Conceição deu no boxeador ucraniano de nome impronunciável.
Quase como falar "rocambole" para não falar "car@..." na televisão para celebrar o ouro que parecia prata depois de dois rounds. Ou assaltos. Ou aquilo que se viu em algumas modalidades que a gente foi prejudicado. Ou parece que foi. Para não dizer que parecia "roubo". Mesmo que a gente nada saiba do esporte.
Boxe não é mesmo minha praia. Nem meu deserto. Mas a vida de lutadores literais e lotéricos me encanta.
Ainda mais quando derrubam um campeão mundial em 2017. Como na semifinal já tinha vencido o de 2019. Como ninguém até 75 kg tem o peso dourado de Hebert.
"Quero dedicar essa medalha a todos os brasileiros, a pandemia está afetando todo mundo e eu espero ter proporcionado um pouco de felicidade hoje".
E não só felicidade. Mais um exemplo de quem encara a vida lutando. Sem desistir.
Nunca.
Mesmo levando porrada na nuca e não na cara.