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Dérbi na final: Bruna Calderan e Kemelli falam sobre o confronto pelo Brasileiro Feminino A1

Essa é a primeira vez que os clubes decidem uma final do Campeonato Brasileiro Feminino 

 - LUIZA MORAES
- LUIZA MORAES

Por Tayna Fiori e Ludmilla Florencio

De maneira inédita, um Palmeiras x Corinthians decide a final do Campeonato Brasileiro Feminino A1. Os clubes irão enfrentar-se nos dias 12 e 26 de setembro, com a ida no Allianz Parque e volta na Neo Química Arena.

Desde 2020, quando os times voltaram a se enfrentar, foram quatro confrontos, sendo duas vitórias para o Corinthians e dois empates.

“A rivalidade é sempre boa e sadia porque ela obriga todo mundo a melhorar e se esforçar cada vez mais para competir. Nós temos um elenco que é muito trabalhador, nossa comissão trabalha muito. Nossas atletas também colocam essa intensidade, que vocês acompanham nos jogos, e que acontece também nos treinamentos. Eu acho que a grande marca dessa equipe é o futebol coletivo”, contou Ricardo Belli, técnico do Palmeiras, em coletiva.

Desses quatro confrontos, dois deles foram pela disputa da semifinal do Brasileirão em 2020, onde o Corinthians levou a melhor.

Após isso, os dois times investiram em seus elencos e, em 2021, foram os que tiveram as duas melhores campanhas, os melhores ataques e as melhores defesas.

“Não só pela final, mas pelo que o campeonato mostrou, acredito, sim, que foi a maior edição. Tem sido uma crescente muito importante para o desenvolvimento do futebol feminino aqui no país. Um campeonato cada vez mais forte, com equipes cada vez mais equipes organizadas, maior investimento. Todos os times que participaram fizeram seu melhor. Mas, sem dúvidas, um clássico dessa dimensão numa final engrandece ainda mais esse campeonato que foi muito bem disputado. Esperamos dois grandes jogos das duas equipes que tiveram a melhor campanha. Nada mais justo e merecido para quem for acompanhar, serão dois grandes jogos”, contou Arthur Elias, técnico do Corinthians, em coletiva.

Como vem o Palmeiras

O time alviverde chega para a sua segunda final na história, a primeira após a reativação do time em 2019. O Palmeiras vai em busca de um título inédito para o clube, mas já conseguiu assegurar a sua primeira vez na Libertadores Feminina, em 2022.

A equipe passou pelo Grêmio e Internacional na fase mata-mata do Campeonato Brasileiro e a única derrota foi no jogo de ida para o tricolor gaúcho.

"Poder ter feito já história dentro do clube é um sonho, obviamente, pela grandeza do Palmeiras. Mas a gente quer mais, a gente está buscando mais. Esperamos ser campeãs brasileiras, paulista e consequentemente da Libertadores ano que vem. Porque é onde esse clube deve estar pela grandeza e pela história que ele já tem", contou Bruna Calderan à TNT Sports.

A lateral é um dos destaques do time alviverde na temporada, junta com alguns nomes, mas em principal o coletivo da equipe. Bruna Calderan, Julia Bianchi e Duda Santos formam um famoso trio que está se destacando dentro do Palmeiras. Além delas, Katrine, Chú, Thaís, Ary Borges e Agus vem fazendo a diferença.

No último Dérbi, pela primeira fase do Brasileirão, a lateral foi um dos destaques e marcou o gol que ajudou no empate por 1 a 1.

"Gostaria muito de marcar em um jogo tão importante como uma final e um Dérbi, mais uma vez. Mas, o mais importante que eu marcar um gol, vai ser sair com o título do Campeonato Brasileiro e nossa equipe sair com o dever cumprido. Então, eu espero, do fundo do meu coração, que eu possa marcar, mas, se caso isso não acontecer, que nós consigamos levantar o caneco e colocar o Palmeiras no lugar mais alto aí do futebol feminino nacional, que é onde ele merece estar", contou.

Essa é a segunda vez que Calderan disputa uma final contra o Corinthians, a primeira foi em 2020, quando ela estava representando o Avaí/Kindermann: "É a realização de um sonho, obviamente. Do lado de grandes atletas como a Julia e a Duda, fica muito fácil de jogar. Eu acredito que, não só nós três, mas a equipe toda, a gente merece estar disputando essa final pelo que viemos mostrando durante toda competição".

No entando, a lateral sabe a grande diferença de ser uma final com Dérbi agora em 2021.

"Confesso que tem um gostinho diferente, por saber de toda a história do Dérbi masculino. Mas também temos a consciência que hoje, querendo ou não, o Corinthians é a atual equipe a ser batida. Por isso que, toda vez que entramos para jogar, tanto contra o Corinthians ou contra qualquer outra equipe, é para vencer obviamente. Mas, quando se trata de Dérbi, tem sim um gostinho diferente", finalizou.

Como vem o Corinthians

O time alvinegro chega para a sua quinta final, tendo conquistado dois títulos e dois vice-campeonatos. O Corinthians vai em busca do tricampeonato Brasileiro e é realmente o clube a ser batido.

A equipe também perdeu somento uma partida, contra o Santos ainda na fase de grupos. O time passou pelo Avaí/Kindermann e pela Ferroviária para chegar na final.

"Ano após ano eu me sinto mais madura, mais preparada para assumir a responsabilidade de assumir qualquer posição, em qualquer time. Então eu fico muito feliz de poder estar aqui no Corinthians, no maior, pra mim é o maior. Eu fico muito feliz pela oportunidade de poder estar aqui, me sinto preparada, mas sabendo que tenho muito ainda que evoluir, mas hoje eu me sinto pronta para corresponder dentro de campo", conta Kemelli à TNT Sports.

A goleira chegou ao time nesse ano de 2021 e teve a responsabilidade de assumir a titularidade do gol corintiano após a saída da Lelê e lesão da Tainá.

Kemelli vem em uma crescente no time com o trabalho sendo realizado pelo preparador Ed. A camisa 12 precisou se acostumar com o esquema de jogo do Corinthians, que trabalho muito com os pés.

"Só de estar aqui, de ser contratada pelo Corinthians, já é uma responsabilidade muito grande, mas o trabalho é diário e o Ed é um excelente preparador de goleiras. Ele vem me ajudando muito, tanto fora de campo quanto dentro, melhorando muito o meu aspecto com os pés. Então, acredito que, tudo que vem acontecendo, é fruto de muito trabalho e, assim como ele conseguiu criar uma grande Lelê, uma grande Tainá, ele tá, aos poucos, estamos construindo uma grande Kemelli aí pro Corinthians”, disse.

Essa é a primeira final do Campeonato Brasileiro Feminino A1 da Kemelli e logo um Dérbi. De volta ao futebol paulista, a goleira entende o tamanho do trabalho.

"É muito trabalho, mas aqui a gente tem uma estrutura muito boa, profissionais muito competentes, que conseguem sincronizar a questão de trabalho, de descanso. Obviamente que o nosso corpo pede, né? Esse descanso também, mas sempre que possível a gente tá trabalhando pra evoluir. Acredito que essa sequência de jogos, principalmente pra muitas que não vinham jogando, principalmente eu que é o meu primeiro ano realmente atuando, então é muito bom essa sequência de jogos pra pegar ritmo e dar mais confiança para todos os campeonatos", finalizou.

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