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Descaso e desrepeito: Kindermann pode encerrar suas atividades no futebol feminino

O clube de Caçador, localizado em Santa Catarina, não repassa verba há cinco meses

Avaí/Kindermann em campo
Avaí/Kindermann em campo ((Andrielli Zambonin/Kindermann))

Por Tayna Fiori

O Kindermann, clube conhecido pela grande história no futebol feminino, pode fechar suas portas antes mesmo da Taça Libertadores Feminina 2021, a qual o clube conseguiu vaga com o vice-campeonato Brasileiro A1 de 2020.

Isso acontece porque o clube possui uma parceria com outro time do Sul, o Avaí. Essa relação entre os dois envolve o valor de R$50 mil/mês, que foi combinado entre o presidente Francisco José Battistotti, do Avaí, e o falecido presidente Salézio Kindermann, do time de Caçador.

Foto: Divulgação /Avaí FC
Os dois presidentes assinando a parceria (Foto: Divulgação /Avaí FC)

Segundo informações, o clube de Florianópolis já não faz o repasse correto há cinco meses, que serão completados no dia 15 de setembro. Com isso, a instituição Kindermann, que inclui dois times: o próprio Kindermann e o Napoli, não está conseguindo se manter.

O Avaí havia entrado em contato com a família, que atualmente está administrando o Kindermann, e informou que realizaria o pagamento de R$75 mil no dia 30 de agosto, o que não aconteceu.

Como isso começou

No dia 15 de maio de 2021, o dono e presidente do Kindermann, Sr Salézio Kindermann faleceu em decorrencia de complicações da Covid-19.

Pouco tempo depois, a família anunciou que, por conta de dinheiro, não teria como manter as atividades de um dos times, com isso, o Napoli encerrou suas atividades em 2021 após o fim da primeira fase do Brasileiro Feminino A1.

Nesse mesmo período, ficou uma grande nuvem nublada de preocupação em relação ao Avaí/Kindermann.

No primeiro momento o time foi mantido e a família que arcou com todos os gastos possíveis, já que não estava contando com o dinheiro da parceira.

Na última semana, conforme apurou a reportagem, o Kindermann enviou uma proposta ao Avaí de pagar R$150 mil até está quarta-feira (08), valor com R$100 mil a menos do que devido.

Esse dinheiro seria como uma luz e possibilitaria a participação do clube na Taça Libertadores Feminina 2021, a competição mais aguardada da temporada.

No entanto, até o fechamento dessa reportagem, o Avaí não havia realizado o pagamento que teria sido "combinado".

Caso o Kindermann realmente feche as portas e não consiga disputar a Libertadores, sua vaga fica com o São Paulo, que teve a melhor terceira campanha do Brasileiro Feminino 2020.

Qual a atual situação

Atualmente, o clube está se mantendo às custas da família. As atletas do Avaí/Kindermann ainda se encontram no alojamento, porém estão sem salário.

Os funcionários do time estão tentando auxiliá-las em relação a itens de higiene pessoal e também deslocamento, já que muitas fazem faculdade.

Já o Napoli, o outro time do grupo Kindermann, dispensou todas as suas atletas no dia 24 de junho, quando o clube encerrou a sua participação no Campeonato Brasileiro A1.

Caso o clube realmente não receba o repasse do Avaí, as chances são grandes de ocorrer o fim do Kindermann. Uma perca imensurável para o futebol feminino.

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