Felipão, ex-Grêmio
Nove vitórias, três empates, nove derrotas em 21 jogos desde julho. Apenas 47% de aproveitamento. Não é o Felipão de sempre. E muito menos o Grêmio.
Por Mauro Beting
Felipão é tão Grêmio que não tinha como ele dizer não a um chamado do clube do coração e de berço, depois do fracasso Tiago Nunes e do ocaso de Renato Portaluppi, em 2021.
E ele segue sendo tudo isso que merece por tudo que conquistou no clube desde a primeira passagem, em 1987. Na melhor delas, de 1993 a 1996. Na discreta depois da Copa de 2014. E nesta que foi a pior delas.
Não só por aquilo que não conseguiu entregar - e quem conseguirá?
Mas pelo elenco parecer não estar muito aí com o futebol, com o Grêmio, com a bola, com o ataque, com o meio-campo, e, sobretudo, com a defesa que segue indefensável.
Felipão não acertou a mão. Ele sabe disso.
Mas o time não acerta o pé. E muito menos a cabeça.
E, lamentavelmente, nem falo do coração.
Pois parece que o Grêmio entra em campo, qualquer cancha, e deixa no vestiário o coração. Guardado na geladeira. Em casa. Em outro clube. Sei lá.
Parece um time tão desalmado quanto desarmado.
É fácil escrever isso. Mas dá a impressão que o time não está nem aí. Nem lá. E lugar algum.
Se sou a direção tricolor, tão infeliz em 2021 quanto tem sido o time dentro de campo, mantenho Thiago Gomes.
E rezo. E oro.
E todo o tempo.