Flamengo e Corinthians acertando o pé
Goleadas contra rivais frágeis não tiram méritos do bom futebol das equipes de mais treinadores portugueses competentes e com ótimo elenco
Por Mauro Beting
Flamengo 6 x 0 Bangu. E foi pouco para o time de Paulo Sousa que quis jogo sempre e pouco espaço deu a um Bangu que quis jogar igual. E não é mesmo nem parecido, apesar das boas ideias de Felipe.
Corinthians 5 x 0 Ponte Preta. E foi pouco para o time de Vítor Pereira que quis jogo sempre e pouco espaço deu para o pior futebol que já vi a Ponte Preta jogar.
Foi fácil desde antes para os times mais populares com as suas casas cheias? Os dois gigantes fizeram o que já não seria muito difícil virar uma balada de sábado à noite.
Não há como tirar os méritos deles. Mesmo que com os cuidados devidos pelas disparidades, tem como o rubro-negro e o alvinegro esperarem dias e jogos melhores. Pela qualidade e quantidade de opções. E, sim, pelas ideias e trabalho dos treinadores que acabaram de chegar da terrinha.
O Flamengo mais uma vez mudou os nomes e números. Será assim com Paulo Sousa. E, desta vez, foi muito bem. Com Everton Ribeiro onde se sai melhor (pela direita). Com Lázaro bem na ala esquerda. O que não impede ER de ser utilizado na função de Lázaro. O que não impede Filipe Luís de ser o zagueiro pela esquerda.
O melhor mesmo foi a pressão na saída sempre apoiada do Bangu. O apetite pela pelota. De marcar mais à frente. Sem aquela atitude blasé que algumas vezes empacou o Flamengo de alguns jogos abaixo do excelente nível.
O Corinthians fez algo parecido na Neo Química Arena. Desde o início trabalhou e inverteu a bola. Buscou o jogo e o ataque. Fez um e quis mais, com Mosquito bem e dando mais velocidade. Está no caminho. Viável pelo que tem para escalar. E pelo que gosta de fazer o seu treinador.
Mas, como sempre, nos dois casos, por ora é mais uma carta de intenções que um livro feito.
Mas com ótimo prefácio.