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Flamengo vira clássico e favorito

Vitória sobre o Inter enfim dá ao Flamengo o que se esperava desde a primeira rodada do BR-20

Gabriel vira o jogo e quem sabe o BR-20
Gabriel vira o jogo e quem sabe o BR-20 - Buda Mendes (2021 Getty Images)

Por Mauro Beting

O 2 a 2 no turno foi lindo. Um espetáculo de futebol que eu não esperava ver em BR-20 tão fraco - independente da pandemia. O 2 a 1 da virada rubro-negra no returno no clássico e na tabela do Brasileirão foi muito menos jogo. Ou mais um jogo fraco, de raras emoções e qualidades para tamanhas camisas e campeonato, para tanto investimento do Flamengo que só tem quase o mesmo time espetacular de 2019. Mas longe daquele futebol encantador. E ainda assim com chances cada vez maiores de um título que muitos parecem não querer ganhar.

BR-20 que esteve aos pés colorados dos 10 minutos aos 28 Quando Edenilson mandou no ângulo um pênalti infantil de Gustavo Henrique em Yuri Alberto. Puxão claro de camisa que os atletas parecem esquecer que é falta. Com VAR pra rever, pênalti mais claro ainda - a não ser que você seja um mau árbitro em má fase como Ricardo Ribeiro. Ou interprete a regra dependendo da transmissão, como Sandro Meira Ricci.

O gol colorado logo de cara fez Abelão recuar o Inter que era o melhor possível a não ser pela ausência de Cuesta. E dos desfalques "perenes" da temporada quase que sem Guerrero, Saravia, Boschillia, Moledo e D'Ale que saiu mesmo antes da hora. O Flamengo não se achava. Sem Arão na zaga, a bola saiu mais quadrada. Nenhuma chance criada até o belo gol de Arrascaeta, aos 28. Quando Bruno Henrique mais uma vez comeu o lateral de um milhão de reais e serviu o craque uruguaio.

Aposta e texto que talvez não estivessem aqui se, na segunda pontada colorado na primeira etapa, o tiro de Rodinei desviado por Gustavo Henrique não atingisse a trave de Hugo, aos 42.

Primeiro tempo mais marcado do que jogado e nervoso demais. Só três chances. Mas jogos decisivos são assim. TODOS eles. Ou quase todos. Mas não podem ser afobados na intermediária como foi Rodinei que pisou em Filipe Luís e foi corretamente expulso aos 4 do segundo tempo. Na hora nem falta vi. Mas pelo VAR o lateral colorado usa de força excessiva na disputa e mereceu o vermelho.

Tem como discutir a cor do cartão. Claro. Mas não como o investimento do torcedor colorado mato-grossense que pagou a multa ao Flamengo deu errado. Era o caso de só pagar 500 por um tempo só jogado?

Falando sério, Ceni respondeu na sequência escalando Pedro por dentro, BH voando pela esquerda, Gabi pela direita. Isla foi sacado. Um 3-4-3 mais ousado contra o ortodoxo é óbvio 4-4-1 gaúcho, com Heitor entrando para recompor a lateral no lugar do discreto Praxedes.

Mas o Inter não ficou só atrás e acanhado. Saiu um pouco mais. Tentou tirar da própria área um Flamengo que também não criou muito. Mas o suficiente para virar aos 17, quando Gabriel iniciou lá na meiuca a bela jogada que Arrasca arrumaria para o gol dedo golerador.

O Inter se atirou como dava. Não deu. Bruno Henrique perderia no contragolpe gol claro, aos 43. Outros dois rubro-negros foram anulados pela arbitragem (um impedimento, e outro por falta vista no VAR de Pedro na origem do golaço irregular que marcou - embora seja mesmo possível dfiscutir se era caso do apito de vídeo intervir num lance que pode ser compreendido como não tão “claro” para revisão de campo.

Foram apenas 4 oportunidades claras de gol do Flamengo contra apenas 3 do Inter. É muito pouco. Como tem sido muito pouco o futebol brasileiro e sul-americano.

O que não impede ninguém de ganhar o título, mesmo com tantos senões e safanões.

O que o Inter bravamente conquistou pode ter sido virado no Maracanã. Agora só o Flamengo depende dele. Mas para isso precisa vencer no Morumbi o rival que mais o atrapalhou em 2020. Se não der, torce para que o Inter não tenha resultado melhor que o carioca contra o mediano Corinthians da temporada.

Parece definido.

Mas eu, como muitos treinadores no Brasil, não arrisco meu pescoço em palpite. E eles - técnicos - se compreendem os cuidados excessivos: para que tentar atacar se o contragolpe pode ser cruel? Para que se arriscar a perder o emprego no primeiro tropeço?

O futebol também está ruim por esse medo atávico de perder jogos e, por tabela, empregos.

O que nos leva muitas vezes a criticar mais o espetáculo do que falar do emocionante jogo decisivo que mais uma vez teve o Maracanã como palco em 2021.

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