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La casa de Pep: Real Madrid 1 x 2 Manchester City

Ganhar de virada no mítico palco tridecacampeão europeu é coisa para um gênio como Guardiola, que só perdeu um dos 9 jogos que disputou no Santiago Bernabéu

 

Zidane, meia da França, troca camisa com Guardiola, volante da Espanha
Zidane, meia da França, troca camisa com Guardiola, volante da Espanha - DIÁRIO MARCA

Por Mauro Beting

Não, o Manchester City não foi genial. Mas mereceu a vitória pelo que jogou. Ou tentou atacar.

O torcedor madridista pode discutir bastante se foi empurrão (que eu não marcaria) do incansável Gabriel Jesus em Sergio Ramos, no gol de empate dos citizens, aos 32 do segundo tempo. O exigente merengue pode discutir se Sterling se atirou antes de ser atingido por Carvajal, no pênalti que eu teria marcado 4 minutos depois (e o grande De Bruyne virou, aos 37). Mas o torcedor do Real Madrid não tem o que reclamar além da sorte quando Sergio Ramos derrubou Gabriel Jesus que partia rumo à meta depois de roubar a enésima bola de um rival. Vermelho bem mostrado aos 40 minutos de um jogo que acabou como deveria em quase toda a partida: a vitória do time que chegou 9 vezes à meta do dono da casa contra apenas 4 do Madrid.

O City foi mais time até quando houve menos emoção, mas não menos jogo. Os 45 iniciais foram mais marcados do que jogados. Mas foram aulas táticas e dois grandes professores. Sobretudo da equipe de Pep, no 4-4-2 que mostrou que atletas hoje só têm crachá de função, mas fazem outras coisas. São obrigados a elas. Ou conseguem fazer como Gabriel Jesus: Pep o escalou pela esquerda sem a bola para acompanhar o avanço de Carvajal. Quando o City atacava, o brasileiro cortava por dentro, deixando De Bruyne para armar por ele e por Bernardo Silva, o outro mais avançado no esquema inglês, com Mahrez pela direita.

Mal comparando, De Bruyne jogou como atacante centralizado, com função parecida a dele nos 2 a 1 da Bélgica contra o Brasil, na Copa-18. Jesus fez função tática semelhante, mas muito mais participativo e eficiente tanto com quanto sem a bola.

O Madrid sentiu a ausência de Benzema em noite de Benzema, e da torcida quente em noite europeia. O time de Zizou também não ajudou a tremer o estádio. Isco até flutuava da direita por dentro para armar o que Modric e Valverde não conseguiram. Vinicius Júnior fez boa segunda etapa até ser sacado, aos 29. Depois de participar efetivamente no gol de Isco, aos 14 do segunfo tempo, quando recuperou a bola de Walker e deu a assistência em um lance iniciado por Modric, em uma de suas poucas participações mais efetivas, também recuperando bola perdida na intermediária inglesa.

Nesse perde-ganha, o City foi mais eficiente. Como foi mais incisivo e mereceu a granda virada e vitória de arbitragem discutível. Mas de atuação indiscutível de Gabriel Jesus. Com e sem a bola. Como pede o futebol de hoje.

De Tite a Pep.

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