Messi não tem preço
Contrato do argentino com o Barcelona tem cláusulas vazadas e deixa Messi exposto como um produto de altíssimo custo para o clube. Nada mais justo para quem deu tudo. E ainda dá!
Por Bruno Formiga
O jornal EL MUNDO cravou: "O contrato faraônico de Messi que arruina o Barça". Era a manchete para falar sobre o acordo de mais de 500 milhões de euros (por quatro temporadas) entre o argentino e o clube que, segundo o jornal, teria levado a instituição para o buraco.
O vazamento do documento deixou o Barcelona em situação delicada. E Messi também. É mais uma pancada na relação já tensa entre as partes.
Mas, vejamos.
Os valores são altíssimos. Fato. O Barcelona está em crise. Fato. A gestão tem sido irresponsável há um bom tempo. Fato.
Messi não é o culpado. Fato.
Se o Barcelona topou pagar o maior contrato já registrado para um esportista é porque entendeu que Messi vale isso e rende mais. O camisa 10 é um ativo do clube. Hoje, é praticamente a sua alma por completo.
Representa o passado glorioso, o presente ainda atrativo e o futuro com esperança.
Quanto isso vale?
Messi é o investimento no lúdico, no símbolo, na diversão, na imagem. O Barcelona sabe que precisa do argentino, que ajudou a transformar a instituição em uma das mais poderosas e valiosas do século XXI.
Não. A ruína do Barcelona não passa por esse contrato. Passa por uma gestão que pagou caro por jogadores, inflacionou a folha e passou a gastar quase tudo o que arrecadava com salários.
Claro que a pandemia quebrou muitos planos. E expôs ainda mais a fragilidade financeira do Barcelona. Mas o acordo com Messi não é o ponto principal. Ele pode ser um sintoma, não a doença.
Messi não tem culpa.
Messi não tem preço.