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Messi querer ficar e não poder vai ser uma ferida aberta para sempre no Barcelona

Craque argentino pretendia renovar seu contrato, mas regras de LaLiga impediram

Messi não jogará mais pelo Barcelona
Messi não jogará mais pelo Barcelona - David Ramos (Getty Images)

Por Vitor Sérgio Rodrigues

Lionel Messi quis ir embora em agosto de 2020. Uma cláusula que teve sua lógica subvertida, escrita em um pedaço de papel, impediu. 12 meses depois, o cenário virou de cabeça para baixo: Messi realizou internamente que o Barcelona é sua casa e queria ficar. Mas a incompetência do Barça em organizar suas finanças de modo minimamente responsável obrigou o maior jogador da história do clube a ir embora. E isso vai doer para sempre no Barcelonismo.

Se Messi tivesse realmente ido embora após a goleada de 8 a 2 sofrida para o Bayern de Munique na Champions League 2019-20, iria doer muito, logicamente. Mas a sensação de que o desejo do maior jogador da história do clube era estar longe do Camp Nou seria um analgésico. Seria possível lembrar a histórica frase de outro ídolo, Johan Cruyff, que certa vez disse que “se um jogador está na dúvida se quer ou não jogar no Barcelona, já não serve para o clube”. Lembraria que o Barça é maior até que Messi.

Mas a realidade foi outra. Passado um ano, Messi já havia mudado de ideia. Entendeu o momento de reconstrução do clube, voltou a jogar muito, a ponto de brigar por mais uma Bola de Ouro, lidou bem com a responsabilidade de ser a referência de um time com vários jovens, levantou um troféu com grande atuação na final da Copa do Rei. Resumindo, Messi era feliz de novo. Sendo assim, não havia nenhuma outra decisão a se tomar que não fosse continuar em sua casa.

Só que a forma como o Barcelona foi se esfarelando como instituição desde a tríplice coroa conquistada em 2015 obrigou que Messi vá embora. Segundo o atual presidente do clube, Joan Laporta, que assumiu em meio a um caos, Messi aceitou dois contratos diferentes propostos pelo clube, sempre abrindo mão de muito dinheiro para ficar. No segundo acordo, que chegou a ter um aperto de mãos selado, o argentino aceitou ganhar 60% menos do que seu último contrato, jogando por duas temporadas e recebendo o montante total ao longo de cinco anos.

Mas nem assim as contas conseguem encaixar nas finanças de um clube que terá quase 500 milhões de euros de prejuízo no balanço da última temporada (evidentemente, atrapalhado demais pela pandemia). Um clube que fez péssimos negócios indo ao mercado nos últimos anos e foi pior ainda ao lidar com sua (falta de?) política de salários em seu elenco. O resultado é que o rígido Fair Play Financeiro adotado pela Liga Espanhola impediu que Messi pudesse ficar.

Muitos torcedores do Barcelona têm feito uma vigília na frente do Camp Nou pela saída de Lionel Messi, dando o tamanho do momento que o clube está vivendo hoje. Em um primeiro momento, parece algo dramático demais, algo equiparado a como se o ídolo tivesse morrido. Mas de um certo prisma, nem a morte seja tão dolorosa quanto saber para sempre que Messi foi embora do seu clube querendo ficar...

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