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Não é algo pessoal; Gabigol é risco de contágio ao grupo do Fla

Um clube punir seu principal jogador é algo raro no futebol brasileiro. Mas independentemente de punir Gabigol ou não, o restante do grupo não deveria ser exposto a quem estava aglomerado 30 horas antes

Protocolo pede que Gabigol não tenha contato com os outros jogadores do Flamengo nos próximos dias
Protocolo pede que Gabigol não tenha contato com os outros jogadores do Flamengo nos próximos dias

Por Vitor Sérgio Rodrigues

A direção de futebol do Flamengo entendeu que o fato de Gabigol ter sido conduzido a uma delegacia de São Paulo após ser flagrado em um cassino clandestino na capital paulista, em uma aglomeração que envolveu cerca de 200 pessoas é "algo da vida pessoal" do atacante, conforme reportagem publicada no site "UOL". É uma medida muito equivocada da cúpula flamenguista, considerando o atual estágio da pandemia em São Paulo e no Brasil.

Ainda que na madrugada de domingo Gabigol estivesse em seu último dia de férias, o jogador deve se apresentar ao clube nesta segunda-feira, dia 15 de março, para iniciar a pré-temporada de 2021. É uma temeridade que Gabigol, tendo estado em uma aglomeração de cerca de 200 pessoas, em uma ambiente fechado, com muitos tendo sido flagrados sem máscaras, se junte aos demais atletas e aos integrantes do departamento de futebol rubro-negro. Assim, diante do cenário do Coronavírus em que vivemos, extrapolou o conceito "vida privada" e passou a impactar no coletivo do Flamengo.

Gabigol em uma aglomeração é um fato. Outro fato é que o Coronavírus demora até sete dias para ser detectado em exames ou para iniciar sintomas. Sendo assim mesmo que Gabigol se apresente no Nínho do Urubu nesta segunda-feira e seu teste contra Covid dê negativo, ele é um risco para os demais integrantes do futebol rubro-negro. O protocolo nesses casos prevê um isolamento de, no mínimo, dez dias. Ou seja, se tudo funcionar como deveria, segundo o protocolo do Coronavírus, Gabigol seria um desfalque no recomeço do trabalho de Rogério Ceni.

Está claro para mim que, diante da gravidade da situação, diante de mensagens do próprio Gabigol em suas redes sociais alertando a importância de a população se cuidar, a atitude de Gabigol merecia ter uma punição. No mínimo ficar sem salário no período em que ele ficar afastados das atividades, em quarentena, pela atitude irresposável dele. Mas, segundo a reportagem do UOL, a direção do Flamengo não fará nada, pois foi algo da vida pessoal.

Um clube punir seu principal jogador é algo raro no futebol brasileiro. Pelo menos até aqui, parece ser a forma que o Flamengo decidiu se portar. Mas independentemente de punir Gabigol ou não, o restante do grupo não deveria ser exposto a quem estava aglomerado em um ambiente fechado com 200 pessoas 30 horas antes.

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