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Não romantizem a desorganização

Santos na final da Libertadores não tem nada a ver com futebol raiz 

Por Bruno Formiga

O Santos não entrou como um favorito na Libertadores 2020. Longe disso. Desembarcou no torneio com poucas perspectivas e muitos times à frente. Chegou, porém, à decisão. Foi enorme! E com todos os méritos. Tudo na bola. Nada mais. Nada menos.

É trabalho, talento e superação - não necessariamente nesta ordem.

Um roteiro cativante de evolução, crescimento, comprometimento e desempenho. O Santos caminhou por si. Graças a Cuca, comissão técnica e jogadores. Ponto.

Mas essa jornada dramática não pode ser romantizada.

A diretoria fez tudo errado desde o início. Planejou mal, executou mal, administrou mal.

O Santos é finalista apesar da sua direção. Não por causa dela.

O fato de os jogadores superarem tudo isso não é prova de que organização não importa ou de que cenários ruins acabam criando heróis improváveis.

Futebol é excelência. Quem ganha ou chega se prepara pra isso. O Santos 2020 é uma exceção que o mata-mata normalmente torna possível.

Perigoso usar esse caso para dizer que a falta de salário "ajudou" a motiva. Que o ambiente político conturbado fez o elenco "se fechar". É como se fosse bom fazer tudo ruim.

Não. Não é.

Este Santos é gigante porque seus jogadores entenderam o que o treinador quer. E porque entenderam também que os torcedores não têm culpa pela zona que seguidas gestões colocaram o clube.

Há uma sintonia. Um respeito mútuo.

Mas, no fundo, o exemplo é péssimo.

O Santos não merece a diretoria que tem (e não é de hoje).

Mas merece muito esse grupo!

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