Nikão é o número que for
Muitos são-paulinos torcem o nariz pelo novo número 10 do clube pelo qual torcem.
Por Mauro Beting
Nikão tem uma história de vida e superação impressionantes. Depois de rodar o mundo e rodar em muitos clubes, fez uma trajetória muito bacana e bonita no Athletico. Histórica.
Quase foi para o Inter. Acabou no São Paulo para possivelmente fazer bom papel aberto pela direita, do meio ou do ataque, usando bem a sua canhota e boa condição técnica.
Bom reforço. Um bom ponta pela direita. Pode ser um meia flutuando a partir dela. Bom e experiente jogador de lado de campo. Deverá fazer papel positivo pelo São Paulo.
"MAS ELE MERECE OU TEM FUTEBOL PARA SER O CAMISA 10 DE UM CLUBE QUE JÁ TEVE PEDRO ROCHA, PITA E RAÍ?
Futebol, claro que não. Ele e a maioria dos que vestiram a camisa 10 antes e depois do maior deles - Pedro Rocha.
Mas então vamos pendurar na parede a camisa de todos os ídolos e craques? Claro que também não.
Leonidas chegou quando ainda não havia numeração nas camisas, em 1942. E ajudou a fazer toda a história do SPFC desde então. Ele já era o Diamante Negro, maior ídolo brasileiro.
Diferentemente do maior artilheiro da história do clube - Serginho Chulapa -, que veio da base, como ponta-esquerda, para ganhar gols e títulos do "nada".
Não tem um modelo pronto. Tanto um camisa 10 pode ser um craque campeoníssimo como Daniel Alves como pode ser outro vencedor na vida como Nikão.
Daí a cobrá-lo por algo que ele não tem débito - e nem deverá ter crédito - é algo abaixo da média. E de nota.