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O futebol anda tão intolerante quanto a sociedade

Jogadores se tornaram reféns de resultado

 - Marcello Zambrana/AGIF
- Marcello Zambrana/AGIF

Por Bruno Formiga

A esposa de Bruno Henrique foi agredida. Dias atrás, uma organizada enviou uma coroa de flores para a mulher de Alexandre Mattos. Felipão já tinha sido ameaçado. O clima no Palmeiras é tenso. Mas é também apenas o exemplo da vez.

O futebol anda tão intolerante quanto a sociedade.

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E lidar com frustrações e derrotas têm sido um desafio. No estádio ou fora dele.


Jogadores viraram reféns do rendimento. São cobrados como escravos de vitórias. Ainda mais naqueles times que investem alto e pagam bem.


Não há margem pra erro.


E qualquer erro é tratado como falta de vontade. Ou de compromisso.


- Queremos raça, gritam alguns.


Mas raça é um conceito meio vago entre correr, dar carrinho, gritar pra torcida, sujar o uniforme.


Perdeu, faltou raça. Simples assim.


Perdeu demais, tem sacanagem. Ponto.


Nesse julgamento de arquibancada, muitos acreditam que a forma de lembrar ao time o que precisam fazer é na base da intimidação.


Vigiar e punir.


É assim que muitos levam a vida. Bem contra o mal.


E em um futebol onde a relação dirigentes-torcidas uniformizadas sempre foi promíscua, vários grupos se sentem legitimados a cobrar como for.


Consideram-se vozes da maioria. Como tal, são representantes de um sentimento geral de insatisfação que pode tudo.


- E quem são esses privilegiados-bem-remunerados-que-fazem-o-que-gostam para não respeitarem isso?, pensam eles.


As ameaças crescem. As linhas estão sendo ultrapassadas. Normalizam absurdos. E ninguém parece mais se assustar com essas "coisas do futebol".


Quem reclama está de mimimi ou é da tal geração Nutella.


Futebol raiz, defendem, é assim mesmo.


E assim caminhamos para a Idade Média.

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