Por Bruno Formiga
A esposa de Bruno Henrique foi agredida. Dias atrás, uma organizada enviou uma coroa de flores para a mulher de Alexandre Mattos. Felipão já tinha sido ameaçado. O clima no Palmeiras é tenso. Mas é também apenas o exemplo da vez.
O futebol anda tão intolerante quanto a sociedade.
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E lidar com frustrações e derrotas têm sido um desafio. No estádio ou fora dele.
Jogadores viraram reféns do rendimento. São cobrados como escravos de vitórias. Ainda mais naqueles times que investem alto e pagam bem.
Não há margem pra erro.
E qualquer erro é tratado como falta de vontade. Ou de compromisso.
- Queremos raça, gritam alguns.
Mas raça é um conceito meio vago entre correr, dar carrinho, gritar pra torcida, sujar o uniforme.
Perdeu, faltou raça. Simples assim.
Perdeu demais, tem sacanagem. Ponto.
Nesse julgamento de arquibancada, muitos acreditam que a forma de lembrar ao time o que precisam fazer é na base da intimidação.
Vigiar e punir.
É assim que muitos levam a vida. Bem contra o mal.
E em um futebol onde a relação dirigentes-torcidas uniformizadas sempre foi promíscua, vários grupos se sentem legitimados a cobrar como for.
Consideram-se vozes da maioria. Como tal, são representantes de um sentimento geral de insatisfação que pode tudo.
- E quem são esses privilegiados-bem-remunerados-que-fazem-o-que-gostam para não respeitarem isso?, pensam eles.
As ameaças crescem. As linhas estão sendo ultrapassadas. Normalizam absurdos. E ninguém parece mais se assustar com essas "coisas do futebol".
Quem reclama está de mimimi ou é da tal geração Nutella.
Futebol raiz, defendem, é assim mesmo.
E assim caminhamos para a Idade Média.