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Os Juniores do Brasil merecem carinho

Esporte nacional é incinerar e/ou incensar Neymar Jr e Vinicius Jr.

Eles fizeram nevar em Munique
Eles fizeram nevar em Munique - Alexander Hassenstein (2021 Getty Images)

Por Mauro Beting

Amamos odiar os nossos ídolos neste Brasil de mitos, micos, mitômanos, milicos, militantes, meliantes, milicianos, e maravilhas mil.

Dos mesmos criadores do NeyDay podem estar os que NeyFuden... Depende se o cara que desde 2013 mais deu passes para gol na Champions dê o gol que rolou para Mbapppé bater e Neuer falhar em Munique. Depende se ele depois arma com a perna menos excelente o gol que o zagueiro e artilheiro e monstro Marquinhos amplia a vantagem em jogo maluco na Allianz Arena. Onde o campeão europeu jogou mais do que na final vencida em Lisboa. Teve 21 (!?!!) finalizações dentro da área do PSG - e sem Lewandowski, e com Navas muiti bem na meta francesa. Criou 11 oportunidades de gol contra o PSG. Concedeu apenas seis. Mas perdeu por 3 a 2.

Como é o futebol.

Maravilhoso esporte ainda mais quando se tem talentos como Mbappé para fazer mais um gol como o excelente atacante francês. Batendo entre as pernas do zagueiro do Bayern. Como Neymar Jr. aprendeu de menino com o Neymar pai.

Como fica menos complicado quando se tem um Di Maria para facilitar tudo. Até um meio-campo ainda carente e desfalcado, uma zaga ainda questionável. Mas ainda assim ganha como venceu o PSG. Só ainda não se garantiu por do outro lado ter um hexacampeão europeu. Atual campeão 100% em 2020. Em um campo neutro como outro qualquer.

Mas não minado como segue sendo bombardeado Neymar.

De atuação muito boa com dois grandes lances. Não mais do que isso - como quase todo o PSG. E ainda assim determinante. Decisivo. E cobrado como sempre precisasse ser Pelé. Ou também louvado como se fosse sempre Messi.

Se nem Pelé foi sempre Pelé, não será Neymar a ser sempre Neymar. Nem o Bayern a ganhar e se classificar como se fosse sempre essa panzer que faz blitz em qualquer território. Ate debaixo da neve de primavera de Munique.

Vinicius é outro da belíssima seleção de Juniores do Brasil que segue incensado e incinerado ao gosto do freguês - ou não. Com o desrespeito e despeito que amamos odiar em relação a Negueba (que nunca teve nada a ver com isso, e expia pecados por um exagero de Tostão, e de muita gente que não chega à classe e elegância do craque). Quando Vini desequilibra como fez nos 3 a 1 do Real Madrid sobre o cada vez mais irreconhecível Liverpool, ele pasa de Negueba Muito Caro a Quem é CR7? Ele não merece ser incinerado tanto - e pode ser também por preconceito, e pode ser também por ser Flamengo. Ele também não merece ser tão incensado como é quando joga o grande potencial que tem - também por ser brasileiro, ser Flamengo, e com 16 anos e dois jogos como profissional já ter sido vendido por 45 milhões de euros ao Real Madrid...

Vinicius é aquele que ainda faz lance sensacional desde o meio-campo contra a Atalanta como se fosse Vini. Mas finaliza como se fosse Mauro Beting. Ainda alterna. Intercala momentos sublimes e outros sublinguais. Como as análises mais afobadas para o bem e para o mal do que ele dentro da área.

Vinicius está muito mais para atuações como a que encaminham a classificação merengue do que para o já-perdeu já-flopou já-foi-sem-ter-sido do brasileiro. Algo que até Neymar sofre. E que nem mesmo um título de Champions ainda consegue driblar.

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