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Palmeiras corrige o rumo e leva o bi da Libertadores

Em uma temporada em que tudo parecia que terminaria de forma melancólica, a correção de rumo com a chegada de Abel Ferreira fez a Glória Eterno tocar o Palmeiras novamente

Por Vitor Sérgio Rodrigues e Vitor Sérgio Rodrigues

O projeto de reerguimento do Palmeiras, iniciado em 2014, apresentou a evolução do clube em todos os níveis: estádio, centro de treinamento, estrutura, base e futebol profissional. De lá para cá, foram dois títulos brasileiro e uma Copa do Brasil, mas estava faltando a Libertadores. Não falta mais. A vitória por 1 a 0 sobre o Santos, no Maracanã, representou o sonhado bicampeonato do maior torneio do continente, em uma temporada em que parecia que o desfecho seria decepcionante.

O 2020 começou complicado para o Palmeiras, sem conseguir contratar o técnico pretendido, Jorge Sampaoli, indo buscar Vanderlei Luxemburgo, cortando investimentos, indicando que jovens seriam lançados e teriam que segurar a bronca. O grande reforço da temporada, Rony, não conseguia produzir minimanete. O título paulista foi conquistado, mas a marca foi mais de alívio por não perder para o Corinthians do que orgulho pelo futebol jogado. Até que Vanderlei Luxemburgo foi demitido e tudo mudou.

O Palmeiras quase acertou com Miguel Angél Ramirez, que deu para trás após dizer sim. Agora, deve estar se doendo de forma indescritível... Andrey Lopes, o Cebola, acertou o terreno, recuperou a confiança e mostrou que essa base ainda poderia render frutos. Abel Ferreira foi observado e contratado e corrigiu o rumo do Aliverde: de um time perdido em campo para um que sabia exatamente o que fazer em campo. Jogadores praticamente “condenados” como Marcos Rocha, Zé Rafael, Veiga, Lucas Lima e até Rony foram recuperados. E em campo, a força do Palmeiras foi reestabelecida.

A campanha na Libertadores diz muito. O Palmeiras se impôs sempre, em todas as fases, com todos os técnicos, inclusive sendo a melhor campanha da fase de grupos. Teve sorte nos emparceiramentos? Teve. Mas teve muito mais competência para aproveitar essa sorte. Outros não tiveram. Diziam que essa competência seria colocada à prova contra o River Plate, melhor projeto de futebol do continente, na semifinal. Uma partida histórica na Argentina mostrou a qualidade da equipe. O 3 a 0 na Argentina foi tão gigantesco que impediu que a terrível atuação no jogo de volta no Allianz Parque acabasse com o sonho.

A decisão no Maracanã não foi um grande jogo. Mas o Palmeiras teve o mérito de segurar o ímpeto do Santos, com um plano de jogo muito bem executado, contendo Marinho e Soteldo pelos lados, não deixando o Alvinegro impor seu ritmo de jogo avassalador. Estava bem definido que quanto mais o jogo fosse controlado, mais vantagem teria o Palmeiras, que é muito bom nesse tipo de jogo. Nenhum dos dois times conseguiu atuar de sua forma característica. Para isso contribuiu o calor, o peso de um jogo único e o valor de uma Libertadores em jogo.

Quando tudo parecia que teríamos uma prorrogação, Rony fez um cruzamento longo, Brenno Lopes subiu mais que Pará e cabeceou no outro canto. O aguardado gol que fez a América se pintar de verde de novo. Em uma temporada em que tudo parecia que terminaria de forma melancólica, a correção de rumo com a chegada de Abel Ferreira fez a Glória Eterno tocar o Palmeiras novamente.

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