Parabéns, Alex! E desculpa!
Um dos mais talentosos jogadores da sua geração completa 43 anos. Alex foi genial. E foi também injustiçado. Como poucos.
Por Bruno Formiga
Da minha geração pelo menos, ninguém foi mais injustiçado do que Alex. Craque decisivo e que praticamente nunca jogou mal (apenas no Flamengo). Ídolo de quatro clubes e fundamental na história de todos eles - Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe. Um gigante que a seleção brasileira rejeitou.
Sim. Alex tem quase 50 jogos com a camisa do Brasil. Ok. Foi bicampeão da Copa América e teve algumas atuações bem grandes contra a Argentina. Sua história na seleção não é nula.
Mas não ter jogado uma Copa é imperdoável.
E no dia do seu aniversário, mais importante que dar os parabéns é perdir desculpas por isso.
Deveríamos ter pedido mais, cobrado mais, exigido mais. Éramos pra ter gritado por Alex em 2002. E até mais (bem mais) em 2006.
Mas estávamos preocupados demais com as polêmicas de Romário e nos iludindo com um tal quadrado mágico que na prática nunca funcionou.
Alex viu essas Copas de casa.
Em 2002 era pra ter ido, mesmo que o auge tenha vindo apenas um ano depois. Alex já tinha jogado muito no Palmeiras e o treinador era exatamente... Felipão.
Por mais que se explique, sigo sem entender. Era talento, função e confiança. Tudo em um nome só. Mesmo para o banco de reservas.
Em 2006, Alex estava jogando ainda mais. Era líder e referência técnica na Turquia. Estava mais experiente e mais pronto.
Também ficou fora.
Tanto em uma Copa como na outra, perdeu lugar para nomes como Ricardinho, Juninho, Mineiro, Fred. E até Kaká, um garoto em 2002.
Alex jogou mais que todos eles.
Mesmo assim não jogou uma Copa.
O futebol, como a vida, muitas vezes não é justo.
Desculpa por isso, Alex.
E parabéns!