Paraíso rubro-negro: Flamengo 2 x 0 Atlético Mineiro
Grande jogo no Maracanã. Como precisa sempre ser desse jeito, dentro de campo.
Por Mauro Beting
Uma das melhores partidas do Flamengo desde JJ em 2019. Mais uma partida frágil do Galo do Turco. Uma das melhores exibições do torcedor rubro-negro nos últimos tempos. Uma pálida entrega atleticana contra um time de Dorival que inclinou o gramado contra a meta de Everson no ótimo primeiro tempo, e manteria a volúpia e eficiência na segunda etapa de um jogo histórico rubro-negro, e melancólico atleticano.
Sem a bola, o Flamengo realmente emulou os melhores dias de 2019. Criou 14 chances e concedeu apenas uma. Um massacre.
Os laterais atleticanos presos pela intensa movimentação e pressão de Arrascaeta e Everton Ribeiro. A zaga alvinegra jogou abaixo do que pode também pela ótima apresentação da dupla que pode e deve jogar mais vezes junta – Gabi e Pedro.
No meio, o múltiplo Allan não conseguiu dar o pé a Jair (como Zaracho, também sem o melhor ritmo), e não deu para ajudar Nacho a organizar o jogo de um time que esqueceu Ademir pela direita, e teve uma atuação para esquecer de Hulk e de todo o Galo.
Também por aquela partida que o Flamengo precisava ter há meses. Com o espírito necessário para empurrar o time – qualquer equipe. E com o elenco que enfim está jogando uma partida do nível esperado pelos investimentos e qualidade (diferentemente do rival de sempre).
Rodinei muito bem, Filipe Luís ajudando a anular o anulável Ademir. David Luiz ganhando todas, e Leo Pereira mantendo sua melhor fase rubro-negra. João Gomes e Thiago Maia marcando por todos e armando com todos, e muito bem. Liberando os quatro de frente para brilharem num 2 a 0 que podia ser muito mais.
Daqueles jogos para guardar nos olhos e corações rubro-negros. Daquelas partidas marcantes que podem mesmo ser um marco na temporada. Uma virada de chave, troca de chip, a imagem que for. E pode mesmo. E foi linda a imagem.
Como não pode esse Galo seguir jogando menos do que pode por toda a temporada.
