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Péssimo exemplo!!!

O comportamento dos treinadores deve ser um dos alvos da CBF para 2020.

Por Péricles Bassols

Foi com muita tristeza que, na última quinta-feira, vi dois bons treinadores do futebol brasileiro se comportarem de forma bizarra à beira do campo. Rogério Ceni e Jorge Sampaoli simplesmente infernizaram o jogo durante seus 90 minutos. Saíram das áreas técnicas, protestaram cada decisão e contaminaram, na minha visão, o campo de jogo com seus comportamentos. Parecia uma competição de quem se descontrolava mais. Péssimo exemplo para jogadores, que são comandados, e para torcedores, que são influenciados.

Dois dos técnicos que mais deram trabalho para a arbitragem este ano.
Dois dos técnicos que mais deram trabalho para a arbitragem este ano.


Com isso tudo, o clima do estádio se voltou contra a arbitragem de Diego Pombo que, a meu ver, deveria ter expulsado os dois treinadores no primeiro tempo.


Sei o quanto é difícil para um árbitro perceber e realizar tal ação. Eu mesmo não tive uma decisão destas na carreira. É sempre difícil para o árbitro tomar esta atitude. Os clubes representam contra eles, e depois quem fica sem ser escalado e sem ganhar dinheiro por "impedimentos" na escala é ele. Nao é sempre que uma comissão de arbitragem consegue bancar o árbitro.

Por este e outros 1000 motivos, precisamos profissionalizar.


O 4° árbitro não ajudou, e as áreas técnicas descambaram para a reclamação. Sabemos que a arbitragem necessita de treinamento para se apresentar melhor, mas não foi o caso de Pombo neste jogo. Acertou a maioria das decisões técnicas e disciplinares. De 17 cartões, vou repetir, isso mesmo, 17 cartões, não lembro de um do qual eu tenha discordado.


Então o que pode ter acontecido?


Rivalidade do 3 a 3 do primeiro turno na Vila? Rivalidade entre os treinadores?


Seja lá qual for a resposta, o comportamento dos dois é inadmissível!! Representa o que temos de pior na nossa cultura futebolística junto com as simulações dos jogadores. Isso arranha nossa imagem no exterior e dificulta ainda mais a vida dos árbitros que já não são treinados e/ou não têm experiência.


Tive a oportunidade de trabalhar com os dois treinadores. E com Rogério, especialmente, tive a oportunidade de conversar algumas vezes. A lucidez e educação que tive o prazer de desfrutar no convívio em campo e fora dele não se fizeram presentes no Castelão da última quinta.

Espero, pelo bem do futebol brasileiro, que a CBF consiga encontrar uma maneira de agir nisso. E espero que não tenha que ser na força do cartão, e sim na força da educação.

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