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Presidente do Grêmio, sobre reflexos da Covid19 no futebol: "cenário agora é devastador"

Em entrevista exclusiva, Romildo Bolzan Jr. revelou que momento atual deve ser mais difícil do que na reestruturação financeira do clube, em 2015

Por Taynah Espinoza

Queda no número de sócios, incerteza sobre receitas, dúvidas sobre o calendário do futebol gaúcho e um cenário devastador que os clubes podem viver. Essas foram algumas das questões levantadas pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., sobre os reflexos do novo Coronavírus.

O quadro social do clube já sente uma diminuição significativa no número de sócios. Entre 20 e 25% cancelaram seus planos. “Claro que assusta. Quem não tiver diagnóstico correto dessa situação e não tomar providências, vai se dar mal depois”, afirmou o mandatário tricolor.

Romildo Bolzan acredita que, neste primeiro momento, negociações envolvendo jogadores devem ser mais difíceis. Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Romildo Bolzan acredita que, neste primeiro momento, negociações envolvendo jogadores devem ser mais difíceis. Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Bolzan assumiu a presidência do Grêmio em 2015, com a instituição numa situação financeira crítica e sem vencer um título de expressão desde 2001. Mas, segundo ele, o momento deve ser ainda mais difícil agora: “Muito pior do que o começo da reestruturação financeira. Agora é muito mais devastador, um cenário mais complicado e mais difícil de ser transposto do que aquele em 2015. Naquele cenário, a gente tinha as receitas. Agora não podemos nem saber as receitas”.

As incertezas vão do dinheiro ao campo. A previsão inicial do clube é voltar aos treinamentos dia 2 de maio, mediante protocolos de segurança que devem ser estabelecidos pelas autoridades sanitárias. Mas não há ainda nenhuma previsão de retorno do Campeonato Gaúcho. Aliás, não há a certeza de que ele será resolvido, de fato, dentro do campo. “Temos que manter todos os calendários. Enquanto não tiver uma situação clara, a ideia é essa”, afirmou o presidente.

Romildo conseguiu negociar com os jogadores uma readequação financeira durante três meses dessa pandemia. Depois disso, se necessário, terá uma nova conversa com os atletas. Mas quando questionado se entende que a situação atual pode diminuir os salários e as negociações no futuro, ele negou: “Pode escrever, vai depender do dinheiro que circular no futebol, vai depender se os clubes rapidamente vão conseguir se recompor. A cultura é essa que está aí hoje. Se em um ano tiver uma situação do dinheiro circular novamente como agora, tudo volta aos mesmos valores. Não estamos num processo cultural de mudança, estamos numa crise e não vejo apontamento pra pensar em revolução cultural. Eu não estou alimentando a possibilidade de mudar hábitos culturais”.

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