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Pro front, Brasil!

Futebol não é guerra. Mas também é política. Seleção Brasileira nem sempre é o Brasil. Ou o brasileiro.

Brazil!
Brazil! - CARL DE SOUZA (AFP via Getty Images)

Por Mauro Beting

A Seleção de 1970 não se posicionava sobre a ditadura brasileira. Uns por não saberem. Outros por não quererem. Outros por apoiarem. Outros por medo.

Era muito mais difícil ser contra em um país sob censura. Sob tortura. Não apenas nos porões onde mandava prender, arrebentar e matar o militar que o capitão presidente enalteceu quando votou pelo impeachment em 2016. Dizendo que Ustra e seu QI era o "terror" de Dilma no QG da barbárie.

Não apenas um ataque político. Uma baixeza humana pior do que qualquer pedalada ou pedalinho.

Toda a Seleção maravilhosa de 1970 posou com o general ditador. Foi almoçar no Palácio Guanabara na semana do embarque. Fez festa protocolar na volta do México. Médici gostava de futebol como parecia amar o regime antidemocrático.

Eram coniventes os de 1970 como os calados de 2021?

Não havia pandemia. Não era preciso se posicionar contra a realização de um torneio muito discutível no Brasil entornado no tornado sanitário em qualquer ponto da América fechada na Copa e aberta em cepas.

O grupo se posicionou contrário. Mas jogou. Eu me posicionei contra. Mas trabalhei. Quem quiser torcer a favor ou contra, por Messi ou por Messias, por mitos e micos, militantes e meliantes, milicos e milícias, torça. Só não distorça.

A Seleção não se identifica tanto com o Brasil por uma série de coisas e causos. Mas se for 100% em 2022 como foi em 2002, vão todos se catar. De novo. Foi assim então. Também foi em 1970 com a canarinho que era "alienada" pelo verde-oliva e amarelo. Mas ela foi alienígena no tri. Pra frente, Brasil!

Cada um torça por quem quiser. Pela força que tiver.

Pode até misturar as bolas. Mas entenda sempre que uma partida de futebol só não é tudo por existir a partida de quem a gente ama por nada. Como foi.

E quando muitas partidas teriam sido evitadas com mais respeito à vida e à ciência, não é questão de política. É de humanidade.

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