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Quem é que apita nesta bagaça?

Futebol brasileiro não pode ser tão mal administrado assim.

Por Mauro Beting

A arbitragem brasileira quase sempre foi muito, digamos, criativa. Como nossos craques. Com uma interpretação de texto e intenções do legislador bastante livre. Solta, mesmo, das regras. Para não dizer aleatória. Para não falar mesmo condizente à nossa insalubre incapacidade de interpretação de texto.

O que durante anos ou meses conspurcamos a tradução das regras do original é tradição nossa de abrasileirar a regra. Os conceitos de bola na mão/mão na bola quase sempre fizeram com que trocássemos as bolas. E as mãos.

Tudo virou falta. Pênalti. Uma pelada. Baba. Pra não dizer que é mesma aquela “baba elástica” das imagens de Nelson Rodrigues.

Os pênaltis dominicais que prejudicaram Goiás e Botafogo (e o futebol como um todo) são daqueles “imarcáveis” já sem o VAR. Com a “ajuda” da tecnologia, parecem minha mãe apanhando do Netflix e do controle remoto do ar condicionado. Para que tantos botões se bastava um pra gelar e outro pra aquecer?

Dona Lucila ainda tem desculpas. É amadora. A indústria do ar condicionado não tem desculpas para criar aparatos da NASA para seus consumidores. E a arbitragem brasileira, ainda que desamparada como um todo, mal tratada e preparada em particular, e desrespeitada absurdamente por todos no futebol, também não ajuda. Não se ajuda. E atrapalha o andamento, o entendimento e mesmo a credibilidade do esporte. E do negócio.

Só gostaria de pedir, dentro dos parâmetros da civilidade e empatia tão em falta (como a regra 12), que tentássemos lamentar os erros deploráveis e desumanos sempre. Até com contundência. Mas que deixemos teorias conspiratórias um tanto de lado.

Os árbitros, na maioria das vezes, erram “culposamente”. Não por “dolo”. Assim como eu erro. Você. Todos nós. Não existe, no mais das vezes, a má intenção. Deliberada. Forjada. Forçada. Erram como o centroavante perde o gol. O goleiro franga. O treinador teima e não treina. O comentarista clubista. O cartola some. O músculo falha.

Mas alguns erros de interpretação e de conhecimento básico da regra assustam. Este domingo foi horripilante.

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