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Respeito e paz

Um ano da tragédia no Ninho do Urubu. Vamos aprender a respeitar a dor. Sem defender o indefensável e sem atacar o inatacável.

Por Mauro Beting

A imagem é de um vídeo de hoje com as camisas rubro-negras com os nomes dos meninos que talvez um dia pudessem vestir as camisas adultas como há um vestiam as de crianças até a tragédia.

Não falo do clube, não cito todos os meninos, não comento os possíveis responsáveis, não elenco os supostos irresponsáveis. Já tem muita gente (SIC) desalmada, armada, desinformada, desumana atacando sem piedade ou defendendo sem honra o inatacável e o indefensável.

O caso é para as autoridades - ou falta dela. Para a Justiça - ou ausência dela.

Vamos só orar pelas famílias e amigos. Sei que as vítimas estão com Deus. Mas vamos trabalhar para não fazer outras. Vamos ter a responsabilidade para pensar e agir em vez de omitir e mentir. E ainda pior: por clubismo. A favor e contra.

Não sou especialista em edificação. Segurança. Administração. Nem mesmo em jornalismo e futebol.

Sou apenas uma pessoa qualquer. Outro que chorou como milhões pelos 10. Outra que como não tantas que não quer mais sangue. Menos ainda cliques, claques, chiliques, xilindrós.

Só torço por respeito e paz. Por conforto a quem precisa mais do que um nome em qualquer camisa. Precisava mesmo era hoje poder chamar pelo nome do menino para que ele pudesse acordar para mais um dia.

Nós ainda podemos acordar. Vamos despertar. Para um novo tempo e consciência. Por mais respeito.

Missa não tem questão jurídica. Abrir os portões não tem processo. Abraçar familiares de vítimas não implica preço de indenização. Empatia não tem valor definido.

Insisto que a questão do incêndio há um ano não pode ser tratada com o clubismo inominável para atacar e nem defender.

Mas o que os dirigentes do clube fizeram fechando portões e templos não tem palavra e nem números que mensurem e justifiquem.

Não é por questão de ordem. É humana a questão. Não é por logística. É falta de lógica humana.

Quem mais ganhou não pode se perder assim.

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