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Será que Renato Portaluppi precisa assistir ao DVD de Jorge Jesus no Flamengo?

Treinador, que afirmava ser obrigação do português fazer tudo o que fez em 2019, vê seu Flamengo não ter regularidade e tropeçar em equipes de menor investimento com frequência (mas e os R$ 200 milhões?)

Renato Portaluppi durante empate em 2 a 2 com o Athletico Paranaense
Renato Portaluppi durante empate em 2 a 2 com o Athletico Paranaense (Alexandre Vidal / Flamengo)

Por Igor Affonso

Renato Portaluppi passou os últimos dois anos sustentando a narrativa de que o Flamengo tem obrigação de jogar bem e ganhar títulos. Em um discurso vitimista no Grêmio, inclusive, falava insistentemente sobre o que supostamente faria com um time de R$ 200 milhões nas mãos. Mas o trabalho do treinador até aqui se mostra bem diferente - e abaixo - ao de Jorge Jesus, a quem Renato diminuiu e menosprezou durante um bom período de tempo.

Apesar dos números, inegavelmente bons, o Flamengo de Portaluppi mostra fragilidades, uma inconstância gritante e tropeça em adversários de investimento muito menor (coisa que, para Renato, sempre foi inadmissível para o time com a maior conta bancária do país). E este, sem dúvidas, é o melhor momento para o ex-gremista ser questionado sobre os discursos que fez questão de reforçar em diversas oportunidades.

Se o Flamengo dos milhões tem obrigação de ganhar todas as partidas, Renato não deveria ir para as suas coletivas usar desculpas - que até aqui foram das mais variadas: lesões, jogadores nas seleções, desgaste por estar em três competições... Sobrou até para o gramado sintético da Arena da Baixada. Um fato é: o torcedor rubro-negro não ouve falar de futebol, não tem explicações e não entende o que está acontecendo.

Teria então que Renato, que sempre gostou de falar do seu DVD de lances, assistir ao vídeo (talvez hoje em plataformas digitais) do que fez Jorge Jesus no Rio de Janeiro? Ou será que ele não está preparado, como acredita que Gabigol não esteja para ver seus gols? Talvez tenha chegado o momento de ver que tudo o que realizou o português foi acima da média, fora da curva e, quiçá, insuperável.

E a ideia não é a comparação com o Flamengo de 2019. É utopia. Mas sim cobrar de Renato o que ele sempre garantiu que faria quando tivesse à disposição um elenco como o flamenguista. E o Fla de Portaluppi ainda não condiz com as entrevistas que o comandante sempre deu quando suas cores ainda eram a azul, a preta e a branca. Afinal, é o dinheiro ou não que faz diferença?

O Flamengo com seu atual técnico tem algumas goleadas ao longo do caminho, grandes atuações, está na final da Libertadores, a um passo da final da Copa do Brasil e briga pelo tricampeonato brasileiro. E, de fato, pode até ganhar tudo, mas sem o mesmo brilho, a mesma regularidade e a mesma supremacia que outrora não impressionou quem agora representa a instituição à beira do campo.

Então eu te pergunto, Renato: se o seu Flamengo ganhar tudo, você não fez mais que a obrigação?

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