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Brasileirão

EXCLUSIVO: Sasha, artilheiro do Santos no Brasileirão, abre o jogo sobre quase ter deixado o clube

Formado no Internacional e artilheiro do Santos no ano, o atacante Eduardo Sasha quase foi dispensado por Jorge Sampaoli no início do ano, mas conseguiu dar a volta por cima; confira esse papo exclusivo

Eduardo Sasha, atacante do Santos, é artilheiro da equipe no Brasileirão.
Eduardo Sasha, atacante do Santos, é artilheiro da equipe no Brasileirão. - Ale Cabral / AGIF (Ale Cabral / AGIF)

Por Rodrigo Fragoso

Em janeiro, Eduardo Sasha chegou a ser liberado para negociar com outros clubes e teve de ouvir o técnico Sampaoli dizer publicamente que não havia lugar para ele no elenco santista. Dez meses depois, ele é o artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro e um dos grandes responsáveis pela segunda colocação do time no Brasileirão.

Dependendo do número de gols que marcar nas próximas rodadas, o atacante pode até superar, em uma só temporada, o número total de gols que fez em todas as outras edições de Brasileirão que já disputou. Vivendo essa incrível fase, ele vai reencontrar o Beira-Rio nesse final de semana, onde se formou jogador, mas agora como visitante. Confira essa entrevista exclusiva do Esporte Interativo.

Pergunta: Você quase foi tirado do elenco do Santos no início do ano. Como viu isso?

Pensava comigo que eu poderia mudar a opinião que ele tinha sobre mim naquele momento. Tinha acabado de chegar, eu tinha em mente que poderia mudar essa situação. Está sendo um grande ano, um dos melhores Brasileiros que eu já fiz. Tem mérito dele por me ajudar a posicionar dentro de campo e acabou que eu estou ajudando e ele me ajudando.

Pergunta: Sampaoli te pediu desculpas (risos)?

Não tem porque pedir desculpas. Toda hora ele está querendo mostrar alguma coisa pra eu melhorar. Já estamos de paz. Não foi briga, foi aquele momento que já passou. Vamos viver um bom momento.

Pergunta: Ter menos pressão no início da temporada ajudou o Santos a ter uma performance melhor?

A pressão sempre, talvez, externa de imprensa, talvez por não ter tido grandes contratações, as pessoas não nos colocavam como um dos candidatos ao título, mas com o grande trabalho que vem sendo construído ao longo do ano e o novo jeito de jogar, a gente entendendo o que era passado pra gente, isso nos fortaleceu e agora entramos em um dos que estão disputando o título.

Pergunta: Sampaoli não costuma repetir o time. É difícil de se acostumar?

No início a gente ficava mais surpreso de ver alguém que fez o gol no jogo anterior não começar jogando o próximo. Então, ele trabalha muito em cima do próximo jogo, isso faz com que ele mude bastante pra que naquele jogo, as peças que ele coloca sejam as melhores para aquele momento.

Pergunta: Ainda dá pra brigar pelo título do Brasileirão?

Ninguém desiste até a última rodada. Enquanto tiver chance. Ele é uma pessoa que vibra demais, que vive muito intensamento o jogo, então quer passar essa intensidade pra gente e quer passar isso pra dentro de campo. Ele quer que a gente lute por todas as bolas e mantenha a energia durante os 90 minutos.

Pergunta: O Santos colocou Éverson no time titular para poder jogar com os pés. Como você enxergou essa mudança?

Tem diferença, até pra gente ter a opção mais de saída de jogo, mas o Vanderlei também tem essa qualidade, foi mais uma opção do técnico. São dois grandes goleiros, o Éverson vem num momento incrível com a gente. Como comentamos, fomos mudando peças, a gente não sabe quem vai jogar no próximo jogo, então também tem mérito dele de ter conseguido essa vaga de um ídolo do clube.

Pergunta: O Santos acumula uma sequência de três vitórias sem sofrer gols. Antes dessa série, o time viveu uma fase irregular na qual sofreu gols em 9 de 10 partidas. O que mudou?

Ele trabalha muito a parte defensiva, a saída pra pressionar lá em cima, quando os atacantes saem, e às vezes até a gente da frente ajudar a marcar pra que a bola não chegue com tanto espaço. Então é um conjunto entre atacantes, meias, zagueiros pra que essa fase de não tomar gols esteja acontecendo. Então é manter isso pra que a bola chegue mais tranquila lá atrás.

Pergunta: São 9 gols no Brasileirão até aqui. Com mais 7 gols, pode alcançar o mesmo número de gols que fez somando todas as outras sete edições em que você disputou a Série A. O que faz você viver seu melhor ano na competição?

O conjunto, posicionamento meu, ajuda com os colegas, a forma de jogar também, uma posição que eu não estava jogando no ano passado, por exemplo, eu estou mais centralizado, mais livre pra chegar na área, também por movimento, achar algum espaço vazio pros meus companheiros me acharem e eu poder finalizar. Tem várias coisas envolvidas pra chegar nesse momento.

Pergunta: Você foi criado no Internacional. Qual vai ser a sua sensação de voltar ao Beira-Rio?

Sensação vai ser boa por viver grande momento, de entrar num estádio que eu conheço, joguei por anos ali, que a minha torcida, minha família vai estar presente, então vai ser um ambiente bom pra fazer um grande jogo.

Pergunta: Sua família é torcedora do Internacional. Pra quem eles vão torcer no jogo?

Família sempre torce pra mim, independente de onde for, então com certeza estarão me apoiando.

Pergunta: Como você acha que vai ser a recepção da torcida do Inter?

Vai ser tranquila, nada demais. Parte da torcida tem carinho por mim.

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