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Champions League

Ex-catador de lixo, goleiro rejeitado e mais: as histórias dos finalistas da Champions League

Entre as dezenas de atletas que chegaram à final da Champions League 2020/21, algumas histórias saltam aos olhos

Kanté (dir.) e Agüero (centro) têm histórias marcantes em suas carreiras
Kanté (dir.) e Agüero (centro) têm histórias marcantes em suas carreiras (Getty Images)

Por Gabriel Menezes

Para além de 22 pessoas correndo atrás de uma bola em campo, de dinheiro, títulos, glamour e vibração, o futebol vive de histórias. Cada jogador, cada clube, cada torcedor tem uma para chamar de sua. E na final da Champions League não seria diferente. Entre os finalistas, divididos entre Manchester City e Chelsea, algumas trajetórias chamam atenção, seja pela superação, seja por serem curiosas, seja por serem, simplesmente, uma história.

Nesta reportagem, a TNT Sports pretende contar algumas delas, mostrando outro lado das estrelas que estarão em campo neste sábado (29), para disputar o título da maior competição de clubes do mundo. A transmissão começa a partir das 13h30 na TNT, no Facebook da TNT Sports e no Estádio TNT Sports.

N'Golo Kanté: de catador de lixo nas ruas de Paris a campeão do mundo

Kanté é, hoje, um dos jogadores mais carismáticos do mundo. É difícil - para não dizer impossível - encontrar alguém que não goste do baixinho volante francês. Além disso, também é um dos melhores jogadores do futebol mundial em sua posição. Bicampeão da Premier League, campeão da Copa do Mundo de 2018 com sua seleção, campeão da Europa League, finalista da Champions League 2020/21... O currículo é extenso. Mas nem sempre foi assim.

Aos sete anos de idade, durante a Copa do Mundo de 1998, Kanté ajudava seu pai a recolher lixo das ruas de Paris, onde nasceu, para que a família pudesse ganhar algum dinheiro com isso. Até 2013, quando assinou com o Caen, o volante jogava pelo pequenino Boulogne, da terceira divisão francesa.

No Caen, ganhou projeção e chegou ao Leicester, onde fez parte do elenco mágico que assombrou a Premier League e conquistou o título da temporada 2015/16. Recebeu atenção mundial e estreou pela seleção francesa em março de 2016. Para a temporada de 2016/17, foi para o Chelsea, seguiu sendo convocado pela França e se tornou o Kanté que conhecemos hoje: um pequeno - de 1,68m - gigante no meio-campo.

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Ederson: de rejeitado pelo São Paulo e quase dispensado pelo Benfica à Seleção

Uma opinião é quase consensual quando se fala de seleção brasileira: a posição de goleiros está muito bem servida. Alisson geralmente é o titular e tem em Ederson um reserva de luxo e um claro competidor pelo posto de número 1 da meta. Isso porque, hoje, o arqueiro do Manchester City é considerado um dos melhores do mundo.

"Xodó" de Pep Guardiola, Ederson chama atenção por jogar bem com os pés sem perder a segurança na meta. Mas sua história quase o fez desistir do futebol. Aos 15 anos de idade, o goleiro brasileiro foi dispensado da base do São Paulo e sofreu com a rejeição. Acabou indo para Portugal, onde foi contratado pelo Benfica, ainda com a mesma idade.

Emprestado pelo gigante português a clubes menores, também quase foi cortado pelas Águias. João Tralhão, ex-auxiliar do Benfica, afirmou à 'ESPN' que Ederson era alvo de críticas e dizia-se, em Portugal, que ele nunca teria capacidade de ser goleiro da equipe. O presidente benfiquista, Luis Felipe Vieira, no entanto, o manteve no clube e, depois de um bom campeonato com o Rio Ave, na temporada 2014/15, resolveu recontratar o brasileiro, por apenas 500 mil euros.

Dois anos depois, sendo titular e já jogador de Seleção, Ederson foi vendido ao Manchester City pela incrível cifra de 40 milhões de euros (R$ 259 milhões, na cotação atual), valor considerado alto para um atleta da sua posição. E pensar que, três anos antes, o Benfica poderia ter dispensado o goleiro. Já pensou?

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Edouard Mendy: o goleiro que só "explodiu" aos 25 anos de idade

De goleiro para goleiro, falemos de Edouard Mendy. O nome do goleiro que hoje é titular absoluto do Chelsea, tendo barrado Kepa Arrizabalaga, o jogador mais caro da posição na história do futebol, era praticamente desconhecido até no futebol francês, onde surgiu, apenas três ou quatro anos atrás.

Até 2016, quando assinou pelo Stade Reims, Mendy só tinha experiência na 3ª divisão francesa, onde atuou pelo AS Cherbourg. O clube milita, hoje, na 5ª divisão do país. O goleiro é finalista da Champions League. "Sortes" totalmente distintas. Quando chegou ao Reims, o senegalês era reserva e só atuou em dez partidas na sua primeira temporada.

Em 2017/18, ainda na Ligue 2 - 2ª divisão francesa - Mendy assumiu a titularidade da equipe, que foi promovida. Na temporada 2018/19, comandou a 5ª melhor defesa da Ligue 1 e ajudou a levar o Reims à 8ª colocação, um feito e tanto para um time que tinha acabado de chegar à 1ª divisão. Foi contratado pelo Rennes e fez ainda mais história: foi parte do plantel que levou o clube à Champions League pela primeira vez na história.

O feito chamou a atenção do Chelsea, que precisava de uma solução para Kepa, longe de estar em sua melhor fase. Nos Blues, Mendy seguiu seu retrospecto de boas atuações e se firmou titular na equipe.

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Sergio Agüero: o argentino que se tornou ídolo máximo em Manchester

"Insubstituível". Foi assim que Pep Guardiola definiu Sergio Agüero depois do fim da última partida do centroavante pelo Manchester City numa Premier League, no último domingo (23). E não é para menos: o argentino realmente é o maior ídolo da história dos Cityzens e é difícil pensar no clube sem pensar na figura do atacante.

Considerado um dos "novos ricos" do futebol europeu, o City foi comprado em 2008 pelo seu atual dono, o sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan. Agüero chegou três anos depois, por 40 milhões de euros, contratado junto ao Atlético de Madrid. Em sua primeira temporada, foi campeão da Premier League da maneira mais dramática possível.

O City disputava o título com o rival de cidade Manchester United. Com uma vitória contra o QPR, que brigava para não cair, garantiria a taça. O United venceu seu jogo. Os Cityzens iam perdendo até os 47 da 2ª etapa, quando Dzeko empatou. Aos 93 minutos e 20 segundos, Agüero virou. Ali, Agüero já estava na história, como protagonista de uma das viradas mais épicas de todos os tempos e autor do gol do primeiro título inglês do clube desde 1968.

No entanto, a história do argentino não se resume a isso. Ao todo, são 260 gols pelo Manchester City. O "Kun" é o maior artilheiro do clube e também o maior artilheiro da história da Premier League por apenas um clube, com 184 gols. Sua história na equipe se encerra neste sábado (29), e pode ser com chave de ouro: o título da Champions League, que nem ele nem City conquistaram ainda.

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Marcos Alonso: o homem que tem a final de Champions League no sangue

O nome Marcos Alonso já passou pela final de Champions League algumas vezes. Mas não com o atual lateral esquerdo do Chelsea, que é estreante em decisões, e sim por seu pai, Marcos Alonso Peña, e pelo seu avô, Marcos Alonso Imaz, mais conhecido como Marquitos.

O avô disputou incríveis seis finais da Champions, então conhecida como Copa dos Campeões. Foi campeão de cinco, de maneira consecutiva, com o Real Madrid, entre 1955/56 e 1959/60. Ainda foi vice-campeão, perdendo para o Benfica, em 1961/62.

O pai, Marcos Alonso Peña, "só" disputou uma decisão da maior competição de clubes do mundo, vestindo a camisa do Barcelona, na temporada 1985/86. À época, contra o Steaua Bucareste, o clube catalão foi derrotado nas penalidades máximas.

É com toda essa história nos ombros que Marcos Alonso Mendoza, lateral do Chelsea, chega à final contra o Manchester City. História ele já fez, se tornando o 3º membro da mesma linhagem a jogar este tipo de partida. Resta saber se vencerá, como seu avô fez cinco vezes.

Marcos Alonso comemora o gol da vitória sobre o Manchester City, em jogo pela Premier League (Foto: Getty Images)
Marcos Alonso comemora o gol da vitória sobre o Manchester City, em jogo pela Premier League (Foto: Getty Images)

Mason Mount: de criança das categorias de base a astro do time principal

O Chelsea tem a característica de ter muitos jogadores jovens. Nem sempre, no entanto, esses jovens atletas conseguem espaço no time principal. Por muitos anos, o clube foi criticado por emprestar repetidamente suas "crias" da base para outros clubes.

Mason Mount até foi um desses. O meia, que hoje tem 22 anos, foi emprestado para Vitesse e Derby County, para que ganhasse rodagem e experiência. Voltou ao Chelsea em 2019 e, desde então, integra o elenco principal.

Na sua primeira temporada, a passada, conquistou uma titularidade quase que absoluta. E a manteve para 2020/21, o melhor ano de sua carreira ainda curta. E chama atenção o fato de que Mount é realmente criado no clube. No vídeo abaixo, um pequeno Mason Mount afirma o seguinte: "Eu baseio minhas faltas em Cristiano Ronaldo. Tentou chutar a bola na válvula de ar e ela se move". Logo depois, ele demonstra a classe que, hoje, exibe nos momentos mais importantes dos Blues.

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