Acusado de falsificar documentos, membro da AFA se defende: 'Não tenho nada a ver com isso'

Enquanto a Fifa apura para definir se houve ou não W.O. dentro de campo na partida entre Brasil x Argentina, a partida, que seria jogada pelas Eliminatórias Sul-Americanas, segue dando o que falar nos bastidores.

Nesta segunda-feira (06), um membro da delegação argentina teve de se defender de acusações onde teria falsificado os documentos de Martínez, Buendía, Romero e Lo Celso, acarretando na paralisação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no último domingo (05), na Neo Química Arena. Segundo a 'Globo News', Fernando Batista teria assinado e preenchido a documentação que permitiu a entrada dos atletas, considerados irregulares pelas autoridades sanitárias brasileiras.

Em entrevista exclusiva dada à TNT Sports Argentina, Batista se defende das acusações e afirma sequer ter viajado ao Brasil, impossibilitando, assim, preencher tais documentos.

"Não tenho nada a ver com isso. Nunca estive na Venezuela. Não fui para o Brasil, nem para a Venezuela. Não poderia assinar um documento. Sou treinador, me entristece saber que meu nome saiu (na mídia). Também acabo rindo, porque creio que no Brasil haja muitos 'Fernando Batista', mas é muita coincidência ser um 'Fernando Ariel Batista'", comentou o membro da Associação de Futebol Argentina, que é treinador da seleção sub-20 da Albiceleste.

"Fui surpreendido. Eu saía do prédio do River quando começaram a me ligar. Não tenho nada a ver com isso. Estava fora do país, recentemente cheguei dos Estados Unidos e saí da quarentena depois do sétimo dia. Vou falar com meu advogado para ver o que farei. É uma loucura", completou Batista.

A Anvisa foi procurada pela reportagem para uma réplica em relação às declarações de Fernando Batista, mas ela não respondeu até a publicação desta matéria.

ENTENDA O CASO

No último domingo (05), na Neo Química Arena, a partida entre Brasil e Argentina foi interrompida antes dos 10 minutos. Representantes da Anvisa entraram em campo e obrigaram a paralisação da partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar.

A Anvisa realizou uma reunião com as autoridades em saúde e confirmou, após consulta dos passaportes dos argentinos Martinez, Buendia, Lo Celso e Romero, que os atletas descumpriram regra para entrada de viajantes no Brasil. Pessoas com passagem por Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia estão impedidas de ingressar em solo brasileiro.

Após a entrada dos representantes da Anvisa em campo, a equipe da Argentina saiu de campo e se dirigiu aos vestiários.