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Futebol Brasileiro

12 fatos em 12 meses: um ano de Jorge Jesus no Flamengo

Em 1 de junho de 2019, o treinador era anunciado pelo clube e iniciava uma trajetória vitoriosa no comando do Rubro-Negro

12 fatos em 12 meses: um ano de Jorge Jesus no Flamengo | Ilustração: Esporte Interativo
12 fatos em 12 meses: um ano de Jorge Jesus no Flamengo | Ilustração: Esporte Interativo

Por Bruno Coutinho, Clara Mello e Monique Danello

O tempo passou voando e foram 12 meses intensos, no melhor estilo Jorge Jesus. No dia 1 de junho de 2019, depois de uma reunião entre o presidente Rodolfo Landim e o português em Madrid, o treinador foi anunciado pelo Flamengo e assinou contrato de um ano com o clube. Na mesma data, o novo comandante do Rubro-Negro falava pela primeira vez como técnico do clube, em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo.

Nove dias depois, o Mister foi apresentado oficialmente na sala de imprensa do Ninho do Urubu. Na primeira entrevista coletiva já disse a que veio: "Quando cheguei ao Benfica, há tempo não ganhava nada e agora tem a hegemonia no país. É o que vim fazer no Flamengo”.

Após um ano no comando da equipe e cinco títulos conquistados, a produção do Esporte Interativo selecionou 12 momentos marcantes nos primeiros 12 meses de Jorge Jesus no Flamengo.

Cartão de visitas: corridinha com os jogadores e gritos no primeiro treino

Na primeira reunião de Jorge Jesus com o elenco, o português foi bem claro na mensagem: “O mais importante não é o treinador, não é o jogador, é o Flamengo". Dentro de campo, no primeiro treino, o Mister já revelou como seria o seu estilo no comando da equipe.

Chamou atenção pelos gritos e correu ao lado dos jogadores, no gramado do Ninho do Urubu. Quem pensava em diminuir o ritmo, ouvia em alto e bom português com sotaque lusitano: "Continua, car****"!

Estreia no Maracanã com goleada: começava um caso de amor entre a torcida e o Mister

Um Flamengo como o torcedor não via há tempos, que abre vantagem no placar e segue massacrando o adversário, sem diminuir o ritmo. Ritmo esse que Jorge Jesus ditava da área técnica, aos berros. Apesar da goleada, o português empurrava o time para frente e não admitia qualquer tipo de erro.

O placar de 6x1 diante do Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, deixou a torcida deslumbrada. O treinador também saiu do estádio encantado com o espetáculo nas arquibancadas. A entrevista coletiva pós-jogo ficou marcada por uma das frases mais emblemáticas do Mister até aqui: “o Flamengo não é só um clube, é uma religião”.

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Eliminação na Copa do Brasil e protestos no aeroporto

Quem poderia imaginar que dez dias depois da estreia no comando do Flamengo, Jorge Jesus estaria no meio de uma manifestação, tentando acalmar os ânimos dos torcedores rubro-negros? Aconteceu! Depois da eliminação na Copa do Brasil, ao perder nos pênaltis para o Athletico-PR no Maracanã, o elenco foi alvo de protestos durante o embarque para São Paulo.

Jorge Jesus foi para o meio da galera tentar conversar e acalmar os que estavam mais exaltados. Três dias antes, no gramado do Maracanã, chamou atenção quando pediu para que todo o grupo e a comissão técnica fossem ao centro do gramado agradecer ao torcedor, que vaiava absurdamente o time eliminado.

Eliminação na Copa do Brasil e protestos no aeroporto

Rafinha improvisado e risco de eliminação na Libertadores da América

Jorge Jesus, cabisbaixo, durante derrota para o Elemec, na Libertadores | Franklin Jacome/Getty Images
Jorge Jesus, cabisbaixo, durante derrota para o Elemec, na Libertadores | Franklin Jacome/Getty Images

A estreia de Jorge Jesus na Libertadores da América foi amarga. Uma derrota para o Emelec por 2x0 fora de casa, depois de uma atuação desastrosa no Equador. O Flamengo começou perdendo na escalação. Jorge Jesus escolheu Rodinei para ser o titular da lateral e Rafinha foi improvisado em outra posição. Com a derrota e o risco de eliminação, Jorge Jesus desembarcou no Rio de Janeiro sendo alvo de críticas e sob muita desconfiança da torcida.

Quem segura o Mister?

Você já reparou nas reações de Jorge Jesus na área técnica? O Mister só não entra em campo porque não pode (às vezes até acaba entrando). Desde que assumiu o Flamengo, o português é um personagem marcante em todas as partidas do Rubro-Negro. As reações, os gritos, as broncas e até o “chega pra lá” nos jogadores.

Contra o Internacional no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, o Mister perdeu a paciência ao tentar tirar os atletas do Flamengo do meio de uma confusão. Até quem leva bronca, se diverte (veja no vídeo).

Queda de braço com Renato Portaluppi e o futebol mais bonito do Brasil

Números do duelo entre Jorge Jesus e Renato Portaluppi | Imagem: Esporte Interativo
Números do duelo entre Jorge Jesus e Renato Portaluppi | Imagem: Esporte Interativo

Essa polêmica rendeu! Desde que Flamengo e Grêmio se classificaram para a semifinal da Libertadores da América, Jorge Jesus e Renato Portaluppi não passaram uma entrevista coletiva sem se alfinetar. “Aceito a opinião do treinador do Grêmio, é a opinião dele. Se falarmos no Campeonato (Brasileiro), não é, né? Quem joga melhor é quem vai à frente. Não há quem joga melhor e esteja atrás. Na Libertadores, aí sim, e na Copa do Brasil também. Mas jogar melhor é subjetivo. Uma coisa é jogar bonito, outra é melhor. Mas aceito a opinião dele. Para mim, o melhor futebol é do Flamengo”.

O grande debate em torno de “quem joga o futebol mais bonito do Brasil” terminou depois da goleada por 5x0 no Maracanã, que garantiu o Rubro-Negro na final da competição internacional.

Jorge Jesus x técnicos brasileiros

O sucesso do Mister, em tão pouco tempo no comando do Flamengo, virou tema de debate entre todos os profissionais do futebol. Vencendo e encantando com uma equipe agressiva e eficiente, Jorge Jesus foi alvo de muitos comentários de colegas de profissão. Durante muito tempo, o português evitou entrar em polêmicas, mas, quando precisou, também rebateu as críticas.

Depois da vitória contra o Grêmio, em Porto Alegre, que deixou o Flamengo ainda mais perto do título Brasileiro, o Mister foi duro ao responder comentários feitos por colegas de trabalho no Brasil. “Vim para o Brasil, sou um treinador como eles, vim trabalhar. Não vim tirar lugar de ninguém. Não vim ensinar a ninguém. Não sou melhor nem pior do que ninguém. Queria lembrar aos meus colegas que em Portugal já trabalhou um brasileiro, o Scolari. Ele é acarinhado pelos portugueses. Assim como Autuori, Rene Simões, Abel... e muitos outros. Quando estiveram lá, tentamos aprender. Não havia essa agressividade verbal que há comigo. Não entendo essas mentes fechadas. Não me incomoda. Quero que meus colegas cresçam. Não sabem o que é globalização. Que de uma vez por todas tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores”.

“O Flamengo é o maior clube do mundo”

O primeiro ano de Jorge Jesus no Flamengo também ficou marcado por declarações fortes e apaixonadas do treinador. Direto e, algumas vezes, considerado até arrogante, o Mister sempre defendeu o Rubro-Negro e fez questão de colocar o time “em outro patamar”.

Antes da final da Libertadores, na entrevista coletiva em Lima, comparou o Flamengo ao Real Madrid e marcou aquela tarde com esta afirmação: “Não tenho dúvidas. O Flamengo é o maior clube do mundo. Não desportivamente, que é o Real Madrid. Mas a sua dimensão, levando em conta os adeptos, é o maior clube do mundo”.

Campeão da Libertadores e um Jorge Jesus “mais carioca”

Dentre tantas imagens que ficaram marcadas na vitória do Flamengo diante do River Plate, uma delas aconteceu no Rio de Janeiro, em meio a um mar de torcedores enlouquecidos com a conquista da Libertadores da América.

No alto do trio elétrico, comemorando com os jogadores, Jorge Jesus assumiu o microfone e repetiu o bordão que ficou tão famoso, ao longo da temporada: “Cincuuuun”! (Veja no vídeo)

Um título conquistado dentro do ônibus

Foram duas conquistas no mesmo fim de semana. Mal terminou a comemoração da Libertadores, o elenco do Flamengo já gritava “é campeão” mais uma vez. Coisas que só parecem reais para esse time de Jorge Jesus. Superior em relação aos adversários, o Rubro-Negro derrubou marcas e alcançou recordes nos pontos corridos. Ainda dentro do ônibus, depois da festa no trio elétrico, o título do Campeonato Brasileiro foi confirmado. A entrega da taça, na partida contra o Ceará no Maracanã, fechou mais um ciclo vitorioso da equipe: “Esse grupo vai para a história do Flamengo. Não tenho dúvida, quando eu estiver lá no céu vão falar de Jesus”

2020 começa com título e Jesus sem filtro

Mesmo começando a Taça Guanabara com o time sub-20, enquanto o elenco principal ainda estava de férias, o Flamengo conquistou o título do primeiro turno do Campeonato Carioca. A final aconteceu num período decisivo do começo de temporada. Disputando também a Recopa Sul-Americana e a Supercopa do Brasil, o estadual deixou de ser prioridade.

Sempre direto nas declarações, Jorge Jesus acabou se envolvendo em nova polêmica, ao comparar a importância da Taça Guanabara para Flamengo e Fluminense. A arrogância para muitos, é apenas a “constatação de fatos” para o Mister: “Eu constatei. Fatos. Fato é que nós jogamos com uma equipe que tinha o objetivo de ganhar o troféu, e nós estávamos em outro patamar, com outros objetivos. O Fluminense, esse ano, disputa o título nacional brasileiro? O Fluminense vai disputar a Libertadores? Vai disputar o Mundial? Então, o Flamengo está em outro patamar. Acham que isso é arrogância?”

A conquista das Copas

O primeiro ciclo de Jorge Jesus no Flamengo foi concluído com duas conquistas importantes. Na disputa entre o campeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil, o Flamengo venceu o Athletico-PR e confirmou o que ficou evidente em 2019: a hegemonia no futebol brasileiro. Contra o Independiente del Valle, reforçou também a superioridade no futebol sul-americano, conquistando mais um título internacional, dessa vez inédito.

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