Allianz Parque árabe? Torcida do Palmeiras deve levar mais de 50 bandeiras para estádio de Abu Dhabi na semifinal
Torcedores do clube organizaram os consulados que estão trazendo bandeiras e vivem expectativa de 'faltar muro' para tantas faixas
Por Rodrigo Fragoso
Não há distância para o torcedor palmeirense. 12.108 quilômetros separam São Paulo, onde está o Allianz Parque, de Abu Dhabi, onde fica o Al Nahyan Stadium, palco da estreia do Palmeiras no Mundial de Clubes. O Brasil já está acostumado a ver o Allianz Parque repleto de bandeiras e faixas e agora o mundo verá que a torcida do Verdão vai transformar um estádio do outro lado do mundo em Allianz Parque. Pelo menos essa é a promessa de Renato Sales e Glauco Iervolini, ambos cônsules do Palmeiras na Irlanda e nos Emirados Árabes Unidos, respectivamente, os organizadores das bandeiras e faixas que já começaram a desembarcar no país-sede da competição.
“Fui falar com o Glauco, que está auxiliando todos os torcedores nessa missão de acompanhar o Palmeiras em Abu Dhabi, e vi que ele estava na correria por conta das dúvidas que muitas pessoas tinham em relação a viagem. Aí me prontifiquei a ajudá-lo com as faixas e bandeiras. Disse que veria com outros consulados que querem levar e organizaria”, contou Renato, que levará uma bandeira de 22 metros de comprimento por 1,80m de largura para representar o consulado de Dublin.
Leia também
Para entrar com qualquer bandeira ou faixa superior a 2m x 1,5m, é preciso pedir autorização para a FIFA. A partir daí, Renato organizou uma planilha e passou a consultar consulados e concentrar os pedidos dos torcedores para enviar a Glauco, cuja tarefa burocrática envolve a aprovação com a FIFA após o fechamento dos pedidos.
“Busquei uma conversa inicial com o Conselho de Esportes de Abu Dhabi e me deram o contato do Supervisor de Segurança da FIFA. Ele foi muito bacana e pudemos concentrar todos os pedidos de uma só vez. Foi enviado um pedido para a entrada de 40 bandeiras acima de 1,5m por 2m. Outras pessoas preferiram fazer o pedido individualmente e agora, mais próximo da estreia, recebemos mais 15 a 20 pedidos de faixas que não exigem formalização, pois estão dentro do tamanho mínimo”, revelou Glauco.
Não só a FIFA precisa aprovar as bandeiras, mas também a polícia local. Os dois organizadores destacaram a preocupação que todos os torcedores precisam ter com o conteúdo das bandeiras ou faixas, pois é preciso respeitar a cultura local. Um exemplo simples envolve palavras que podem indicar o consumo de álcool, símbolos ou escudos cujo desenho pode gerar interpretação de manifestações religiosas, como cruzes, além de qualquer indicação de manifestação política ou fins comerciais. Se a polícia julgar que uma bandeira ou faixa não respeita alguma dessas regras, terá liberdade para impedir a entrada do material no estádio.
“Está muito legal organizar tudo isso! Houve uma movimentação no mundo inteiro. De Portugal, da Inglaterra, dos EUA, aqui da Irlanda, além de muitas bandeiras de todo o Brasil. Nós vamos fazer do Al-Nahyan um Allianz Parque! Historicamente a torcida do Palmeiras faz a festa em qualquer lugar do mundo e não vai ser diferente em Abu Dhabi”, disse Renato, enquanto Glauco completou: “Quero muito ver tudo isso acontecer. Fazer parte disso é inexplicável. O que a torcida do Palmeiras vai fazer é inexplicável. Muitos lugares do mundo estarão representados no estádio”.
A aprovação das bandeiras pelos pedidos formalizados ainda não saiu, mas Glauco e Renato já foram avisados de que certamente sairá antes da estreia. Os portadores de cada bandeira receberão um documento de aprovação para mostrarem aos policiais nos dois jogos que o clube disputar. A expectativa é enorme para que o Al-Nahyan se torne o Allianz Parque, ainda que seja muito menor, como Glauco disse: “vai faltar muro, mas a gente vai dar um jeito”.
Leia também
Mais Vistas
Mais em Futebol Brasileiro
