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Futebol Brasileiro

Atuando no Brasil desde agosto, Daniel Alves faz comparação com o futebol europeu

Atleta defende o São Paulo há praticamente três meses e analisa as principais diferenças após atuar por 17 anos na Europa

Daniel Alves chegou ao São Paulo após a conquista da Copa América
Daniel Alves chegou ao São Paulo após a conquista da Copa América - Miguel Schincariol/Getty Images (Miguel Schincariol/Getty Images)

Por Redação do Esporte Interativo

Daniel Alves foi apresentado no início de agosto como grande reforço do São Paulo para a temporada. Capitão da seleção brasileira na conquista da Copa América, o lateral direito chegou ao clube com status de estrela.

Jogador com mais títulos na história (40 ao todo), o atleta de 36 anos avaliou os pontos negativos do futebol brasileiro, em comparação com o que vivenciou nas passagens por Sevilla, Barcelona, Juventus e Paris Saint-Germain.

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Creio que foram os três meses mais intensos da minha vida durante toda a minha carreira. Nunca vivi intensamente tantas coisas, tanto para o bem quanto para o não tão bem. Quando tomei a decisão de vir para cá, eu vim muito consciente de tudo que representava minha vinda e toda captação que teria nas coisas boas e não tão boas. Vim com status de estrela, status de um histórico no futebol, vim com um status diferente para um clube que está precisando disso. É aquela velha história: o desafio é para os valentes, e eu acredito que é o que mais fui na minha vida", comentou Daniel Alves, em entrevista ao programa Grande Círculo, do 'SporTV'.

A questão estrutural também entrou em pauta. A condição dos gramados no Brasil e a maneira com que as equipes se locomovem para as partidas não agradou, aumentando o desgaste a cada rodada.

"Estou preparado para jogar 70 jogos. Se jogar 70 jogos é sinal de que as coisas estão andando. Mas é difícil por causa da logística, viagens, gramado ruim... Eu até fui injusto em alguns momentos quando falei que não conseguiria assistir a um jogo inteiro do Campeonato Brasileiro, mas as condições levam a isso e agora estou vivendo na carne. Não é a mesma coisa você ver de fora e ver de dentro. As condições às vezes são diferentes. As condições não permitem ter precisão. Gramado, por exemplo, você molha, vai para o vestiário e, quando troca a chuteira, está seco de novo. O jogo fica lento. Não consigo pôr intensidade no passe na bola, tem de usar outra força. Na Europa, não. As condições são bem diferentes, encosta na bola e ela vai numa velocidade precisa. Aqui é mais complicado. Condição de viagem, você não viaja com avião só do clube, tem que ir no aeroporto, dividir com gente, normalmente não volta depois do jogo. Tudo isso acumula desgaste mental e físico, inevitável, mas é o preço que você paga para ser diferente dos outros", disse o craque tricolor.

Além disso, a pressão é diferente. Segundo Daniel, este é um dos motivos que fazem com que os atletas optem por deixar o país em busca de estabilidade em outras ligas pelo mundo.

"Aqui não tem estabilidade. Você vai construir uma carreira aqui como? Eu tenho três meses aqui no Brasil e não sirvo. Sou o maior jogador da história do futebol e já começa a gerar debate se eu sirvo ou se não sirvo, se é isso mesmo ou aquilo. Cara, tenho três meses aqui no Brasil. Caramba, eu joguei oito anos no Barcelona, ganhei 23 títulos, porque tem estabilidade, não se constrói coisas de ontem para hoje. Se você faz um filho, você tem que esperar nove meses para o seu filho nascer. Sete ou oito, mas você precisa esperar. Ou você faz um filho hoje e amanhã ele já está aí?", completou.

Em 2019, Daniel Alves registra 11 partidas pelo São Paulo e apenas um gol marcado. A equipe comandada por Fernando Diniz encara o Atlético-MG neste domingo (27), às 16h (de Brasília).

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