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Futebol Brasileiro

Caboclo acusa Del Nero de oferecer R$ 12 milhões em troca do silêncio de funcionária sobre assédio

Presidente afastado da CBF fez acusação contra seu antecessor e padrinho político; ex-presidente se defende e diz que pupilo é 'perverso' e que 'viaja em alucinações'

Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF
Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF (Pedro Martins/AGIF)

Por Redação da TNT Sports

Nesta quinta-feira (1°), o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, intensificou ataques contra seu mentor Marco Polo Del Nero, a quem acusou de ter oferecido R$ 12 milhões pelo silêncio da funcionária no caso de assédio moral e sexual. Uma acusação anterior dava conta de que o recém-afastamento do mandatário da CBF havia se dado por uma armação do antecessor.

A acusação contra o ex-presidente, que desde 2018 está banido pela Fifa do futebol em razão de casos de corrupção ligados ao seu nome, foi feita em nota distribuída por à imprensa. Junto a ela, foi anexado um documento, que é a cópia que ele diz ter sido escrito por Del Nero, com os cálculos que resultaram no valor de R$ 12 milhões.

Também nela, Caboclo diz que a Confederação tinha reunião marcada para esta sexta (02), a fim de incluir no estatuto uma regra que permita a ampliação do prazo do seu afastamento e, assim, atender a 'interesses particulares e momentâneos'. A reportagem da TNT Sports confirmou que toda a diretoria da CBF está reunida nesta noite, mas não há confirmação de que o encontro seja a antecipação da reunião em questão.

Em resposta, Marco Polo se defendeu das acusações e usou de palavras fortíssimas para definir Rogério. O ex-dirigente também afirmou que o mandatário afastado está tentando 'esconder seus assédios' e aconselhou que ele apenas cuide de si e das vítimas.

"O desditoso Rogério Caboclo é perverso, além de seu falar temulento e andar trôpego, e por esse ego inflado, mentiroso empedernido, viaja em alucinações, achando que pode esconder seus assédios, alavancando acusações desconexas e inverídicas a outros. Aconselho-o cuidar de si e das vítimas".

A defesa da funcionária que acusou Caboclo de assédio moral e sexual sustenta que ela nunca pediu dinheiro para ser silenciada. E mais: enfatiza que o dinheiro oferecido a ela por parte de Rogério fora prontamente recusado.

A íntegra da nota de Rogério Caboclo:

"O presidente da CBF, Rogério Caboclo, apresenta mais uma prova contundente de que Marco Polo Del Nero, ex-presidente da confederação banido do futebol, foi quem trouxe a proposta de R$ 12 milhões para evitar que uma funcionária protocolasse uma acusação no Conselho de Ética da entidade e a tornasse pública.

Trata-se de uma anotação feita à mão por Del Nero apontando o valor de R$ 12,409 milhões, quantia que deveria ser paga pela CBF como uma indenização à funcionária em troca da não apresentação da acusação. Logo à frente do número 12.409 foi escrito: “corresp [correspondente] 20 anos de salário, transferindo ao valor presente a uma taxa [de correção] de 2,75 [%] anual”.

A negociação proposta por Del Nero e por seus aliados exigia inicialmente R$ 12 milhões, correspondentes ao pagamento dos vencimentos mensais até a ocasião da aposentadoria da funcionária, mediante sua imediata demissão para que essa acusação não fosse apresentada à Comissão de Ética e tornada pública.

Este documento é a prova cabal de que as acusações contra Rogério Caboclo fazem parte de um golpe orquestrado por Marco Polo Del Nero para plantar aliados no comando da CBF e, assim, voltar a dar as cartas na entidade.

Neste momento, os comandados por Del Nero que ainda pertencem aos quadros da CBF preparam mudanças ilegais no estatuto da entidade para tentar impedir Rogério Caboclo de voltar ao cargo.

Em reunião marcada para sexta-feira (2/7/2021), eles ainda pretendem incluir no estatuto uma regra que permita a ampliação do prazo do afastamento do presidente da CBF para, assim, atender seus interesses particulares e momentâneos. Trata-se de um passado que não queremos de volta, marcado por múltiplos escândalos de corrupção e vários processos criminais".

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