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Futebol Brasileiro

Desejado pelo Real Madrid na infância, Adson quer títulos no Corinthians para festejar com “carro de bombeiros e foguetes” em Aruanã

Filho de uma pedagoga e um guia turístico, Adson quer levantar troféus ao longo da carreira e também se formar em administração e educação física para construir uma escolinha forte na sua cidade

Adson entrou em campo no Majestoso para manter o tabu contra o São Paulo
Adson entrou em campo no Majestoso para manter o tabu contra o São Paulo - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Por Rodrigo Fragoso e Priscila Senhorães

Adson foi responsável por impedir a quinta derrota em clássicos do Corinthians nesta temporada. O jovem de 21 anos entrou no decorrer do último Majestoso e fez o gol de empate diante do São Paulo, explodindo os 44 mil torcedores presentes na Neo Química Arena, público seis vezes maior do que toda a população da cidade onde ele nasceu e cresceu: Araguapaz e Aruanã, ambas no interior de Goiás.

"É muita gente. Sensação muito boa. Já tinha feito gol com a torcida contra a Ponte Preta, mas não estava tão cheio igual estava agora contra o São Paulo, e é clássico, e ainda com as circunstâncias que estava a partida, a gente perdendo... Foi muito bom, sensação muito boa", contou, em entrevista exclusiva à TNT Sports Brasil.

Adson chegou às categorias de base do Corinthians em 2017, mas anos antes, quando ainda jogava futsal em Aruanã, foi convidado pelo Real Madrid para um período de testes. Aprovado, ele só não passou a integrar as ‘canteras’ do gigante espanhol pela condição financeira da família, insuficiente naquela época para mudar do Brasil.

"Com 12 anos de idade, eu nem tinha saído da minha cidade, só tinha jogado ali, mas os empresários já tinham ido pra lá (Europa). Aí um francês foi assistir um jogo meu, fizemos um joguinho entre cidades e eu fiz seis gols. Aí o francês disse que precisava fazer um material meu para mandar para o pessoal da Espanha. E eu meio que sem acreditar, pensava 'será que é verdade o que esse cara tá falando?'. Aí a gente fez um torneio só pra gravar meu material, eu não tinha nada gravado, e mandamos pro pessoal de lá", contou Adson, que complementou:

"Depois chegou uma carta em escrito me convidando para fazer um período de teste lá, fiquei 20 dias no Real Madrid fazendo teste, onde eu fiz 19 dias de treino e um dia de amistoso, o último dia. Depois do teste eles falaram que queriam que eu fosse pra lá, que eu estava aprovado, mas eles não conseguiam me ajudar com moradia. Na época tinha 12 anos, não podia ficar em alojamento, e aí por conta disso não deu certo de eu ficar. Eles falaram que se eu quisesse ficar sozinho eles iam conseguir, mas eu era novo, nunca tinha deixado os pais assim, a gente achou melhor voltar e continuar tentando pelo Brasil", finalizou.

O Real Madrid ficou para trás e o gigante brasileiro Corinthians se tornou seu caminho. Mas se engana quem pensa que esse caminho também não é uma realização para o jovem garoto e sua família.

É o sonho de todo moleque jogar no Corinthians.

Sob o comando de Vítor Pereira, Adson entrou no sistema de rodízio da equipe e atuou em 13 das 20 partidas desde a chegada da comissão técnica portuguesa. Seis delas como titular, além das sete oportunidades em que foi opção utilizada ao longo do jogo. Quando entrar em campo como titular mais uma vez, já igualará o número da temporada 2021.

"Nós temos muitos jogos esse ano, então não tem quem aguente jogar tantos jogos. Somos uma equipe muito forte em si, não são só 11 titulares, é um grupo. Todo mundo é importante e estamos conseguindo dar conta do recado e eu acho que está sendo importante tanto pra mim quanto para outros meninos".

Aos 21 anos de idade, Adson é formado no ensino médio. A professora Raquel, sua mãe, pegou no pé para que ele não abandonasse os estudos. E talvez ela e o Adilson vejam o filho se tornar um administrador de uma escolinha de futebol quando parar de jogar. Ele não quer fazer apenas uma, mas duas faculdades!

"Tenho vontade de fazer uma faculdade de educação física e de abrir uma escolinha de futebol na minha cidade, que dê pra ser competitiva mesmo, que consiga estar nos campeonatos goianos e tal. E pretendo fazer administração também pra futuramente poder administrar meus negócios", contou.

Antes das graduações, Adson espera troféus. Antes da construção e administração da sua escolinha em Aruanã, Adson quer festejar muito por lá. Assim que o primeiro título pintar com a camisa do Corinthians, a cidade vai receber uma grande festa:

“Vai ter carro de bombeiro, foguete, tudo que tiver direito.

"A gente sabe que o Corinthians sempre visa títulos e esse ano não vai ser diferente. Estamos em três competições e queremos levar o máximo possível pra casa. A gente veio aqui pra fazer história, como eu que acabei de subir e quero construir minha história com o clube. Então é manter o foco e os pés no chão que as coisas vão dando certo".

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