Diretor financeiro do Corinthians explica medidas para diminuir a crise financeira
Devido ao novo coronavírus e a consequente paralisação dos campeonatos, o Corinthians busca a prevenção financeira com cortes para funcionários e jogadores
Por Redação do Esporte Interativo
O Corinthians é mais um dos clubes que decidiram pela redução salarial dos jogadores e funcionários como medida para diminuir os efeitos financeiros provocados pelas paralisações dos campeonatos devido à pandemia do novo coronavírus.
Contudo, a diferença no corte do elenco para o dos demais profissionais do clube foi algo bem questionado. Enquanto os jogadores receberão 25% a menos no salário, os funcionários terão redução de 70%.
Leia também
Em entrevista ao 'GloboEsporte.com', Matías Ávila, diretor financeiro alvinegro, esclareu dizendo que são regimes distintos, além de um ser acordo individual e o outro coletivo.
As legislações são diferentes. Em princípio, a legislação dos funcionários do clube é normal, como de uma empresa qualquer. E a legislação do jogador é uma legislação específica. Estamos fazendo o que podemos fazer. Por isso é diferente, só isso. O corte dos funcionários é que poderia ser maior. O jogador tem um regime diferente. Apesar de ser CLT, ele tem direito de imagem, todo um outro ganho diferente. É praticamente um acordo, enquanto com os funcionários é um acordo coletivo", declarou.
Ávila ainda acrescentou dizendo que depende da negociação, da proximidade e da possibilidade, e que os jogadores também têm compromissos e adquirem bens parcelados. "Outra coisa que é muito importante: funcionário do clube muitas vezes entra lá e fica a vida toda, até se aposentar. O jogador tem a vida mais curta. A gente não quer prejudicar ninguém, estamos procurando fazer o que era possível".
Além disso, o diretor financeiro do Timão explicou que fizeram a escolha de preservar todos os empregos, seguindo as leis de redução. Os profissionais que não estão trabalhando tiveram corte de 70%, enquanto quem segue com as atividades reduziu em 50%.
Outro ponto explicado por Matías Ávila foi que aqueles que possuem salários iguais ou inferiores a R$ 3 mil não estão na lista de redução. E todos que sofrerem o corte serão parcialmente ressarcidos pelos programas governamentais.
Para quem ganha até R$ 3 mil, não desconta nada. O desconto é de R$ 3 mil para cima. Eles também têm possibilidade de recuperação através dos programas federais. Estamos adotando todos os procedimentos no sentido de aproveitar toda a legislação disponibilizada e fazer a transição da melhor forma possível", disse.
O Corinthians pode apresentar um déficit de aproximadamente R$ 180 milhões, aumentando a crise financeira no clube. O Alvinegro está sofrendo, principalmente, com a falta do adiamento de verba de patrocínio, o não pagamento de cotas de transmissão e com a diminuição na receita do programa Fiel-torcedor.