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Futebol Brasileiro

Do sonho do Manchester City ao futuro incerto: conheça a história de Polaco

Jogador de 26 anos impressionou no Santos ao driblar Neymar e teve passagem breve pelo Manchester City, mas não assinou com nenhum dos dois gigantes; no momento, atleta aguarda propostas para saber qual será seu próximo clube

Polaco não assinou com o City por falta de passaporte
Polaco não assinou com o City por falta de passaporte

Por Rodrigo Fragoso e Victor Lopes

"Se um cavalo selado passar perto de você, suba. Pode ser que ele passe apenas uma vez". Esse velho ditado popular entrega a mensagem de que você tem de estar preparado para agarrar uma oportunidade quando ela aparece, afinal, pode aparecer apenas uma vez. Talvez ela se aplique ao Polaco. Sem clube hoje, ele já chegou a impressionar no Manchester City ao lado de Tévez e até chamar a atenção no Santos driblando Neymar.

UM PASSAPORTE ENTERROU O SONHO DE ASSINAR COM O MANCHESTER CITY

O acreano Jardson Almeida Monteiro, de 26 anos, é conhecido no futebol como Polaco, apelido que ganhou dos tios nos primeiros anos de vida por ser "bem branquinho e loirinho de cabeça quase raspada". Ele começou a carreira no Juventus-AC e, depois, no Rio Branco-AC fez amizade com aquele que lhe daria a grande chance (e também grande frustração) da sua vida no futebol, em 2009.

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"O Paulo Almeida, que foi jogar no Santos, foi quem conseguiu para mim. Tive uma passagem de um mês no Manchester City. Eu não treinava um dia mal, tudo que eu fazia dava certo e por isso eles queriam que eu assinasse um contrato de cinco anos", relembra Polaco, que em seguida explica por qual motivo não realizou esse sonho: "Tinha de ter o passaporte europeu, a dupla cidadania, o que eu não tinha".

Nesse período de testes, Polaco treinou com grandes estrelas do futebol mundial. Aliás, não só treinou como também guardou momentos que ficarão marcados para sempre na sua memória. "Treinei com os principais jogadores daquele time em 2009. Tinha Aguero, Nasri, David Silva, Balotelli, Touré, Hart. Acabava o treino e todos nós almoçávamos juntos. Me lembro até de quando brinquei com o Tevez sobre uma volta ao Corinthians e ele respondeu "não, não, torcida muy loca!", conta Polaco em meio a algumas risadas e o tom de quem guarda todas aquelas lembranças com imenso carinho.

DRIBLES EM NEYMAR VESTINDO A CAMISA DO SANTOS

As atuações na Taça São Paulo de Futebol Junior de 2011 jogando pelo Atlético Acreano trouxeram ao jogador uma nova oportunidade de mostrar seu futebol em um grande clube, dessa vez no Brasil: "Eu tinha jogado contra o Santos, aí eles gostaram e me contrataram no ano seguinte".

Mais uma vez, Polaco chamava a atenção e, por isso, conseguia participar de alguns treinos do time profissional. Mais uma vez, lá estava Polaco em um ambiente repleto de grandes nomes. "Treinei com o Muricy assistindo! Elano, Arouca, Edu Dracena, Neymar... Foi uma experiência muito doida. O Neymar era diferente demais, mas ficava emburrado quando passavam por ele. Nessa foto que te mandei, ele está me puxando porque eu consegui o drible", indica Polaco.

A história envolvendo o Manchester City praticamente se repetiu. Segundo o jogador, um detalhe fez com que ele não ficasse no clube. Depois de assinar um contrato de dois anos na base, ele nem mesmo conseguiu realizar o sonho de atuar pela equipe profissional do Santos. "Não continuei nesse time porque a diretoria que tinha me levado pra lá saiu logo no momento em que meu contrato estava acabando. Na troca, outros jogadores chegaram e eu não renovei", lamentou Polaco.

MELHOR JOGADOR DO NORTE SEM CLUBE NA PANDEMIA

Sem sucesso em Manchester ou em Santos, Polaco conseguiu o reconhecimento profissional que esperava jogando na sua terra natal. Pelo Atlético Acreano, ele chegou a conquistar o título individual de melhor jogador do Norte do Brasil. "Foi o clube com o qual mais me identifiquei. Dois títulos acreanos e um acesso nacional e o melhor ano da minha carreira, que foi 2016", analisa Polaco, que iniciou o ano emprestado ao São Luís-RS. O jogador ainda tem mais dois anos de contrato com a Tombense.

"Meu contrato de empréstimo lá era até 30 de abril. Só ficaram os que têm contrato até o final do ano, que vão jogar a Série D. Tenho alguns clubes em vista, mas nada de concreto", diz o jogador, esperançoso em novos caminhos, novas oportunidades e, quem sabe, novas experiências com grandes craques, assim como foi seu início de carreira passando por Manchester e Santos. Porém, dessa vez, se o cavalo selado passar, ele sabe que precisa pular com tudo.

"Meu maior sonho é ajudar minha família, dar uma casa melhor para a minha mãe. Sonho em deixar uma vida boa para o meu filho e ter uma vida melhor com a minha família, podendo ajudar também as pessoas que precisam aqui no Acre”, finaliza Polaco.

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