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Futebol Brasileiro

EXCLUSIVO! Arthur Cabral fala sobre bons números no Basel e pouco espaço no Palmeiras

Em entrevista exclusiva, o atual camisa 98 do Basel falou sobre os bons números que já soma no clube europeu e comenta sua passagem no Palmeiras

Arthur Cabral já conta com 15 participações em 23 gols pelo Basel
Arthur Cabral já conta com 15 participações em 23 gols pelo Basel - Getty Images (Getty Images)

Por Rodrigo Fragoso e Ana Paula Cerveira

O "King Arthur" - apelido carinhoso de Arthur Cabral, desde seus tempos como jogador do Ceará - está escrevendo, na Europa, uma página importante de sua história. Emprestado pelo Palmeiras para o Basel desde o meio do ano passado, o centroavante já participou de 15 gols (nove tentos e seis assistências) em apenas 23 partidas pelo Campeonato Suíço.

Revelado pelo Vozão, o atacante foi comprado pelo Palmeiras em novembro de 2018 por um valor de R$ 5,5 milhões, que deu ao clube alviverde 50% dos direitos do atleta. À época, o Verdão contava com outros fortes nomes para a disputa da vaga de centroavante: Miguel Borja e Deyverson (ambos, hoje, emprestados a clubes internacionais).

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Pelo time paulista, Cabral não teve muitas chances. Em pouco mais de um semestre e, mesmo participando de várias competições (Campeonato Paulista, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores), o jogador atuou pouco com a camisa alviverde.

Getty Images
Arthur Cabral participou de apenas cinco jogos enquanto esteve no Palmeiras

Segundo os dados do site "O Gol", de janeiro a agosto de 2019, ele entrou em cinco jogos, fez um gol e somou apenas 233' em campo; enquanto, os Deyverson e Borja tiveram chances bem diferentes. No ano inteiro, Deyverson vestiu a camisa em 41 jogos, atuou 2881' e marcou oito gols. Já Borja, esteve em 25 jogos, com 1477' em campo e fez seis gols.

Então, no Palmeiras, logo no começo tive um problema no púbis. Creio que isso prejudicou bastante meu início. Depois me recuperei, voltei a treinar e no dia a dia sempre tentei dar meu melhor, chegando mais cedo, fazendo pré e pós treino, dando meu máximo", comentou Cabral.

Os excelentes números de Arthur Cabral no Basel podem fazer o torcedor pensar: será que ele poderia disputar posição como centroavante de ofício nesse ano? Após empréstimos e dispensas, o clube paulista tem apenas Luiz Adriano para a posição. Porém, no momento, a cabeça do jogador está apenas em ajudar o time suíço: "Tento manter meu foco aqui, progredir a cada dia. Penso no Basel, em defender este grande clube e dar o melhor a cada dia", disse.

Vale lembrar que, dentro do acordo firmado em que o atleta foi repassado do Palmeiras aos europeus, existe uma cláusula na qual, se ele fizer 12 gols antes de junho de 2020, os suíços têm a obrigatoriedade de adquirir 70% dos direitos econômicos avaliados em R$ 20 milhões (divididos igualmente entre Palmeiras e Ceará).

Confira a entrevista completa abaixo:

Você estreou pelo Basel em setembro e em 23 jogos já fez nove gols e deu seis assistências. Isso significa que você participou de 15 gols em 23 partidas. É a melhor fase da sua carreira?
"Pois é. Estou muito feliz com meus números no Basel, com as minhas atuações. Estou conseguindo ajudar a equipe, ajudar meus companheiros. não me apego muito a essa questão de "melhor fase da carreira" porque ainda estou no começo. Me preocupo em melhorar meus números de gols de assistências."

No Campeonato Suíço, são três turnos e apenas 10 equipes na primeira divisão. Os times se conhecem mais. Te parece mais fácil para um atleta de alto nível se destacar na Suíça do que no Brasil?
"Acredito que não. Cada campeonato tem sua particularidade. Aqui tem os principais times que brigam por títulos e tem outros que brigam lá embaixo, como todo campeonato. Nós estamos tendo bastante dificuldade no campeonato este ano. Se fosse mais fácil, estaríamos em primeiro isolados. Mas não, o campeonato está bem disputado. Aqui não é diferente."

Você já é chamado de King Arthur por colegas de time (como aconteceu publicamente em seu Instagram). O apelido já pegou com o torcedor também?
"É, algumas pessoas me chamam assim, meus companheiros de clube também. É um apelido carinhoso. Veio devido à invasão dos torcedores do Ceará no meu Instagram, no Instagram do clube. Sempre me chamam assim e pegou aqui. Fico muito feliz com esse carinho."

Você teve de superar uma lesão no joelho quando começava a ter uma sequência depois de muito tempo sem essa possibilidade no Palmeiras. Você se assustou? No momento da lesão, pensou que poderia ser até mais grave por ser joelho? O que passou pela cabeça?
"Sim, no dia que aconteceu a lesão fiquei bem assustado porque foi bem feio o lance. Inchou muito, emquestão de 10 minutos. Tive muita fé que não seria nada grave e foi o que aconteceu. Quando se fala em lesão no joelho pensamos sempre o pior. Mas Deus me abençoou e tive o de melhor que poderia acontecer. Consegui voltar a jogar rápido."

Você, Deyverson e Borja foram emprestados pelo Palmeiras. Porém, você foi quem teve menos oportunidades de mostrar seu futebol. Te deram alguma explicação no Palmeiras sobre o motivo de você ter muito menos chances? O torcedor não sabe até hoje por qual motivo você não tinha oportunidade. Era seu desempenho nos treinamentos (todos fechados para a imprensa, que não sabe como você treinava) que não agradava?
"Então, no Palmeiras, logo no começo tive um problema no púbis. Creio que isso prejudicou bastante meu início. Depois me recuperei, voltei a treinar e no dia a dia sempre tentei dar meu melhor, chegando mais cedo, fazendo pré e pós treino, dando meu máximo. Infelizmente as coisas não aconteceram, mas são coisas do futebol e bola pra frente."

O Palmeiras tem apenas um centroavante de ofício no atual elenco. Você voltaria ao clube hoje se a diretoria desejasse tê-lo para uma disputa de posição com Luiz Adriano? E, caso você alcance 12 gols até junho, o Basel automaticamente vai adquirir seu passe. Você sente que o seu destino agora é na Suíça e não mais em uma volta ao Palmeiras?"
"Pra ser sincero, não penso muito nisso. Tento manter meu foco aqui, progredir a cada dia. Penso no Basel, em defender este grande clube e dar o melhor a cada dia. Nisso, automaticamente, vem a questão de fazer gols. Sou centroavante, vivo de gols. Meu objetivo é manter esses 12 gols, fazendo dois ou três gols por jogos, assim vai. Isso se torna automático bater essa meta para o Basel fazer a compra."

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