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Futebol Brasileiro

EXCLUSIVO! Final no sacrifício, 10 horas de sessões diárias e ausência no Brasileirão: bastidores do tratamento de Felipe Melo pela taça

A reportagem do Esporte Interativo conversou com Dr Gustavo Magliocca, médico do Palmeiras, que revelou como foi colocar o capitão à disposição para o jogo do título

Felipe Melo com o troféu do Campeonato Paulista 2020 | Foto: Ag. Palmeiras/Cesar Greco
Felipe Melo com o troféu do Campeonato Paulista 2020 | Foto: Ag. Palmeiras/Cesar Greco

Por Rodrigo Fragoso

Aos 37 anos, Felipe Melo pode se dizer um vencedor. São 18 títulos na carreira. Até o dia de 7 de agosto de 2020, o jogador acumulava títulos nacionais na Turquia e no Brasil, além de uma Copa das Confederações pela Seleção Brasileira. Aos 37 anos, uma final de Campeonato Paulista poderia talvez não ser motivo para esforço em uma recuperação de lesão muscular, mas foi. E não só dele. Do Núcleo de Saúde e Performance do Palmeiras também. "Foi difícil até tirá-lo do primeiro jogo".

Ag. Palmeiras/Cesar Greco
Dr. Gustavo Magliocca está no Palmeiras desde 2013

Quem disse a frase acima foi o Dr. Gustavo Magliocca em entrevista exclusiva para o Esporte Interativo na tarde dessa terça-feira (11). No Palmeiras desde 2013, ele se impressionou com a vontade demonstrada por Felipe Melo para entrar em campo nas finais do Paulistão. "Me surpreendeu. Se você contasse essa história (sobre todos os títulos que ele já conquistou), seria o primeiro que tiraria da lista pra jogar uma final de Campeonato Paulista machucado". Sim, Felipe Melo jogou mais de 90 minutos contra o Corinthians machucado.

FELIPE MELO JOGOU A FINAL NO SACRIFÍCIO

"A gente fez mais um tratamento de suporte, foi um suporte para lesão muscular e aí retomamos com algum tipo de mobilidade. Ele jogou e agora é hora de tratar a lesão dele de fato", explicou o Dr. Magliocca.

O processo de recuperação total da lesão muscular sofrida contra a Ponte Preta inicia-se agora, fato que tira Felipe Melo da partida de estreia do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, como a reportagem do Esporte Interativo confirmou durante a entrevista. Felipe Melo nem mesmo viajou com o grupo para o Rio de Janeiro. O sacrifício do zagueiro pode tê-lo tirado do primeiro jogo do Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, mas valeu a taça estadual.

Foi no sacrifício, sim

"Foi no sacrifício, sim. Toda vez que você não tem uma lesão curada, nós podemos dizer que foi. O que é jogar no sacrifício? Jogar com dor, com desconforto e com alguma limitação. Isso aconteceu. Ele jogou no sacrifício, mas colocou sua melhor performance durante os 90 minutos".

DE OITO A DEZ HORAS DIÁRIAS EM TRATAMENTO PARA A FINAL

De acordo com o Dr. Magliocca, a decisão da liberação de Felipe Melo para a finalíssima foi tomada em conjunto com a comissão técnica e com o próprio jogador, levando em conta a importância da partida e o envolvimento do zagueiro com o clássico. Melo não se contentava apenas com as sessões de tratamento na Academia de Futebol e fazia complementos em casa.

Reprodução Instagram
Felipe Melo postava diversos momentos de seu tratamento em sua conta no Instagram

"Cada sessão de tratamento tomou de três a quatro horas. De manhã um estímulo, depois um almoço com descanso seguido de outro estímulo no período da tarde e o Felipe complementava com um terceiro período em casa com aparelhos que ele tem por mais cerca de duas horas, fazendo crioterapia", contou o médico do clube.

O esforço durante a semana e o sacrifício durante a final renderam ao jogador algo inédito em sua carreira: Felipe Melo levantou sua primeira taça de um torneio oficial como capitão na carreira. Embora fosse o capitão também na Florida Cup, o Palmeiras já estava até mesmo no avião, voltando para o Brasil, quando o título foi confirmado.

"O Felipe é um atleta que desde o início se mostrou muito à disposição para jogar. Isso foi ao longo dos dias se tornando realidade. Claro que a gente tem de ter um entendimento de que isso não curaria a lesão dele, mas sim que poderia dar condições para que o Felipe jogasse a final". E deu. Agora, como a reportagem do Esporte Interativo confirmou, é hora de curar a lesão. No entanto, esse nem mesmo é o maior problema do Núcleo de Saúde e Performance com o zagueiro.

Ag. Palmeiras/Cesar Greco
Felipe Melo levantou a taça do Paulistão no sacrifício

O Felipe Melo é um atleta que sempre quer estar à disposição

"O Felipe Melo é um atleta que sempre quer estar à disposição do treinador e para nós, do Núcleo de Saúde e Performance, o problema é que o Felipe sempre quer mais", disse em meio a risadas o Dr. Gustavo Magliocca, que tem de controlar o desejo do jogador de entrar em campo sempre, mesmo no sacrifício, mas não esconde a alegria de ter feito parte da recuperação do atleta para a final do Paulistão.

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