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Futebol Brasileiro

EXCLUSIVO: Matheus Henrique conta sua trajetória no futebol e desabafa sobre Renato Portaluppi

Volante ex-Grêmio e atualmente no Sassuolo também contou sobre o sonho de voltar para a seleção brasileira

Matheus Henrique sonha com nova chance na seleção brasileira
Matheus Henrique sonha com nova chance na seleção brasileira (Zhizhao Wu/Getty Images)

Por Victor Padilha com a colaboração de Rodrigo Fragoso

Após o fim de sua primeira temporada na Europa, Matheus Henrique bateu um papo com EXCLUSIVIDADE para a reportagem da TNT Sports Brasil e deixou as cartas na mesa sobre o atual clube, seleção brasileira, Grêmio, Renato Portaluppi e até sobre um retorno a seleção brasileiro após chegar na Europa, já que atua no Sassuolo-ITA.

É quase um clichê, mas o atleta conta que sempre quis ser jogador e não conseguia pensar em fazer outra coisa. Um ponto fundamental para os seus inícios nas escolinhas que ele guarda tanto o nome foram seus pais. O jogador conta que aos 8 anos de idade já pegava ônibus sozinho pra chegar nas peneiras e tentar realizar seu sonho.

"Eu lembro que meu pai e minha mãe só me colocavam dentro do ônibus e eu ia pra uma escolinha de futebol. Era um ônibus só.” - afirmou Matheus

O PRIMEIRO CLUBE

A história de Matheus Henrique na vida de jogador de alto nível começou muito cedo. O jogador foi um dos mais jovens da história da Copa São Paulo quando atuou com 15 anos pelo Nacional, tradicional clube de São Paulo e que fica localizado na Barra Funda. O volante conseguiu se destacar contra os atletas entre 19 e 20 anos. O resultado? Um gigante brasileiro apareceu na sua vida pela primeira vez, o Grêmio. E ele lembra com muito carinho da história.

A PRIMEIRA VEZ NO GRÊMIO

E se engana quem acha que a história de Matheus Henrique com o Grêmio é pequena e só de felicidade. Após se destacar no Nacional, o volante recebeu um contato inesperado. Quem imaginava que um clube do tamanho do Tricolor de Porto Alegre seria o primeiro grande passo daquela criança? E ele lembra direitinho da sua primeira passagem pela capital gaúcha e de como era vida morando debaixo do antigo Olímpico - literalmente! A vida era puxada, já que o jovem não vivia com seus pais e tinha contato pessoalmente somente em suas férias (ou as férias deles).

Porém, nem tudo foram flores para o jovem e ele teve uma péssima notícia no final de 2013, ano que realizou esse sonho em Porto Alegre. No final daquele ano, após um treino no campo, os meninos foram surpreendidos por uma lista de dispensa no vestiário. E adivinhe: o nome dele estava lá.

Foi chocante assim, porque eu lembro que eu treinei no campo, e quando eu voltei pro vestiário tinha uma lista no mural com “lista de dispensa para o próximo ano”, e na hora que eu olhei e tava lá o meu nome. Pô, eu liguei pro meu pai chorando, liguei pra minha mãe chorando. - disse o atleta.

O retorno para São Paulo foi doloroso, porém, necessário. E reservou uma grata surpresa para Matheus e seus familiares. O São Caetano foi a nova casa e onde o jovem realizou os seus primeiros sonhos.

O RETORNO PARA A ANTIGA CASA

Antes de falar do retorno a Porto Alegre, deve-se relatar o quanto o São Caetano foi decisivo para a carreira de Matheus Henrique. Foi no time do ABCD Paulista que o jovem teve seus primeiros momentos como profissional, suas primeiras assistências e seus primeiros gols. Porém, não foi no profissional que ele se destacou para voltar ao Grêmio. Foi a Copa São Paulo de 2017 que mudou sua vida. Após ser destaque e ver o São Caetano ser eliminado para o Flamengo, de Vini Jr, três propostas apareceram: Grêmio, Cruzeiro e Internacional. E ele não teve dúvida do que escolher.

"Foi um desafio, né?! Porque fui pro São Caetano e fui muito feliz, joguei a Copa São Paulo de 17, fui pro profissional, tive jogos no profissional, fiz gol, era titular com 18 e 19 anos no São Caetano. E minha última Copa São Paulo de 17, foi quando eu tinha 20 anos, fui bem, me destaquei, a gente chegou nas quartas de final e fomos eliminados pelo Flamengo, que tinha o Vini Jr e eu chamei a atenção e fui bem. E aí, eu era do São Caetano, com contrato assinado e tudo, e aí a gente tinha proposta do Grêmio, Cruzeiro e do Internacional. As três propostas eram pro sub-20 e aí eu me lembro que sentado com meu pai e com a minha mãe, a gente falou assim “vai ser o Grêmio. vou voltar lá e escrever uma história diferente, se Deus quiser” - ele relembra

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A TROCA DE TORCEDOR PARA JOGADOR DO GRÊMIO

Não é novidade pra ninguém o amor que o volante sente pela camisa tricolor. E tem uma foto que marca muito o começo da história de Matheus Henrique no Grêmio. Em 2017, no dia em que o Grêmio venceu o Lanús, em La Fortaleza, ele estava na Goethe, famosa praça de Porto Alegre para as comemorações de títulos da dupla GreNal. E não estava sozinho, já que Pepe, que hoje está no Porto, o acompanhou nas comemorações. O gremismo dos atletas seguraram os jovens até 4 da manhã no local para esperar os campeões, que virariam companheiros de equipe em um futuro (muito) breve.

“Então, quando o Grêmio foi campeão esse ano aí, em 2017, a gente já treinava no profissional. E aí, na final, quem é de Porto Alegre sabe, a Goethe ferve, e a gente saiu do alojamento, foi lá comemorar e ficamos lá até 4 horas da manhã, esperando os caras chegarem da Argentina.” - confirmou.

O COMEÇO NO PROFISSIONAL E A IMPORTÂNCIA DE RENATO

E foi da Goethe pro campo! No ano seguinte, em 2018, Matheus estava estreando na Libertadores e conquistando a confiança do maior ídolo da história do clube: Renato Portaluppi. Este, que ele chama até hoje de professor, foi o que mais te abraçou em toda a carreira e ele relembra a importância do treinador sobre seus primeiros momentos no profissional do Grêmio.

"O Renato é um cara nota um milhão, é um cara que eu sou muito grato, é um cara que me ajudou no Grêmio. Não só ele, mas o staff dele, os funcionários fixos do Grêmio, sabem lapidar muito bem. A gente não subiu pro profissional e deram a camisa pra gente jogar, eles fizeram uma lapidação, praticamente o ano de 2018 foi o ano da lapidação. E aí, a gente começa o ano de 2019 já voando, titular, campeão da recopa e gaúcho. Então, acho que esse processo é muito bem feito". - relembra Matheus.

A relação entre os dois foi de pai para filho. E a prova disso foi em 2020, quando o volante simplesmente pediu para usar a camisa 7 do Grêmio, número eternizado pelo comandante do clube. Os dois ficaram tão próximos que Matheus conta que Renato segurou sua saída por diversas situações, até para o Sassuolo, seu atual clube, e ligou parabenizando o atleta quando a venda foi realizada (e Portaluppi não estava mais no Grêmio).

O PRIMEIRO PASSO NA EUROPA

O ano de 2021, que acabou não sendo bom para o lado gremista de Matheus Henrique, foi de total sucesso do lado profissional. Após a conquista do ouro olímpico, em Tóquio 2020, o volante foi contratado pelo Sassuolo, após diversas tentativas dos italianos. E a primeira temporada foi de total sucesso. Os números comprovam isso. O jogador teve 25 jogos, sendo 10 como titular, e teve a melhor média de passe entre os meias da equipe. E ele deixa seus pontos sobre sua primeira temporada em solo europeu!

A SELEÇÃO BRASILEIRA E O SONHO DO RETORNO

Quem chega na seleção não quer mais sair, né?! E o Matheus Henrique é a prova disso. Convocado após um ótimo momento no Grêmio (e dono da melhor história de apresentação na amarelinha com o famoso caso da Tapioca), o volante teve contato com o Tite e teve seus minutos em campo. Hoje, vendo o ciclo da Copa do Mundo 2022, ele se enxerga com características parecidas de jogadores como Bruno Guimarães, Douglas Luiz e outros que também estão na lista de Tite.

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"O Tite sempre usa o Casemiro, o Fabinho e é difícil usar os dois. Ele sempre usa um volante mais protetor e outro mais articulador. Eu acho que eu seria o articulador, características similares a Bruno Guimarães, Fred, Arthur, Douglas Luiz. Tanto que nessa função de protetor, tá sempre o Fabinho e o Casemiro, que são os dois melhores do mundo na posição, na minha opinião, mas eu acho que nessas características de articulador" - disse o volante.

E quem duvida de um retorno do jovem para a seleção principal? O craque segue confiante e deixa sem nenhuma dúvida que o Sassuolo tem todas as condições possíveis para colocá-lo em um gigante europeu e, acima de tudo, na lista de Tite ou do futuro treinador da seleção brasileira.

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