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Futebol Brasileiro

EXCLUSIVO: Presidente do Santo André, Sidney Riquetto, fala sobre paralisação do Paulistão

Lider do Campeonato Paulista, Santo André se preocupa com paralisação do campeonato

Santo André tem a melhor campanha do Paulistão 2020
Santo André tem a melhor campanha do Paulistão 2020 - Marcello Zambrana/AGIF (Marcello Zambrana/AGIF)

Por Priscila Senhorães

O Santo André será uma das equipes mais prejudicadas no Paulistão caso a pandemia do coronavírus impeça a rápida normalização do futebol na cidade. Isso porque a equipe de Paulo Roberto é dono da melhor campanha do estadual, mas perderá seus jogadores em breve por questões contratuais.

Em entrevista exclusiva, o presidente do clube, Sidney Riquetto, comentou sobre a reunião que resultou na paralisação por tempo indeterminado do Campeonato Paulista e qual é a verdadeira situação do clube fora das quatro linhas.

Confira na íntegra:

Qual foi a sua posição na reunião realizada na última segunda-feira (16)? Você votou contra a paralisação do campeonato?

"Não votei contra a paralisação, apenas sugeri, pensando até mesmo nos possíveis rebaixados, que essa paralisação ocorresse depois da conclusão da primeira fase. Então a nossa sugestão foi que as duas últimas rodadas fossem antecipadas para quarta e quinta agora, e a última no domingo, e, com isso, estaríamos encerrando essa fase e definindo a vida dos clubes, tanto classificados quanto rebaixados. Porque é injusto que você venha a rebaixar as duas equipes que ainda teriam seis pontos a disputar. Foi o que eu falei na reunião de ontem. E porque eu coloquei esse prazo? Porque as determinações do governo do estado, no sentido de paralisar integralmente atividades escolares e colocar em disponibilidade funcionários que estão no grupo de risco de fazerem os serviços em casa, determinou como ponto de partida o dia 23. Óbvio que essa decisão foi tomada em cima de critérios médicos. O secretário de saúde deve ter métodos científicos pra dizer e tomar essa atitude. Foi com essa mesma data que eu fixei como o final da primeira fase. Fazer os dois jogos nessa semana de maneira antecipada".

Quais são as medidas técnicas e financeiras que o clube precisará tomar para atravessar esse momento conturbado?

"Por ora não temos medidas para adotar, até porque não sabemos se o campeonato vai prosseguir, quando e como vai prosseguir. Então eu não posso exigir e nem cobrar nada em relação a critérios técnicos. Mas é obvio que eu entendo que se o campeonato for encerrado definitivamente o mínimo que a Federação deve fazer é respeitar os resultados dentro do campo até agora. Mas não podemos tomar qualquer decisão enquanto o campeonato não estiver terminado. A suspensão é por prazo indeterminado, ficamos aguardando. Temos uma cota de TV a receber, entendo que não teremos problemas. Estamos liberando nossos jogadores. 10 deles, a maior parte do elenco, têm contrato até o dia 7 de abril, que é exatamente um dia após o jogo das quartas de final. Entendo que precisamos que a emissora detentora cumpra com o pagamento dessa quarta parcela da cota para que possamos honrar esse compromisso com os atletas. Estamos quitando os atrasos de salário de março no dia de hoje. Vamos ficar só com esse período de final de contrato para quitar".

Acredita que os clubes do interior são mais prejudicados pela decisão da Federação em relação aos quatro grandes de São Paulo?

"Não é a federação que prejudica. É a situação de cada clube que faz com que ele seja prejudicado. A Federação coloca as cotas, quem tem condição de contratar, contrata. Quem não tem calendário, como nós, espero que a partir do ano que vem nós tenhamos, é obrigado a fazer contratos curtos. Não coloco isso adepto à federação. É um problema criado por nós mesmos quando nos afastamos de todas as competições nacionais. Então não coloco a culpa do prejuízo na federação".

Outros presidentes concordaram com a sua posição de continuar a primeira fase do Paulistão até o fim da semana?

"Nós tínhamos um número razoável de presidentes que aceitavam nossas manifestações. Depois, informações foram chegando ao longo da reunião, houve uma reversão de expectativa. E vencido, assimilei essa posição em nome de uma unidade que não cabe a nós não ter consenso com a Federação. Uma decisão daquela é igual uma decisão judicial, você cumpre ou recorre, não temos como recorrer, então nos cabe cumprir e acatar o que foi decisivo pelos outros".

Por fim, o presidente pediu para esclarecer a situação contratual de seus jogadores aos torcedores.

Vamos perder todos os jogadores. Se não tivermos solução antes de abril, não vamos conseguir prorrogar os contratos, então para o Santo André atual entendo que o campeonato acabou, e aí vamos aguardar o desenrolar. Uma das colocações que foram feitas na reunião de ontem foi exatamente a seguinte: se houver um reinício de campeonato num período longo fora dessa vigência contratual, eles vão ver um novo conselho técnico e entre as permissões que serão concedidas estaria justamente a contratação de novos atletas além dos 4 previsto no regulamento pra primeira fase", afirmou.

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