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Futebol Brasileiro

EXCLUSIVO! Secretário-geral da CBF rechaça mudança de calendário e avalia Brasileirão com portões fechados: 'É uma saída'

Em entrevista ao Esporte Interativo, Walter Feldman afirmou que entidade máxima do futebol do país aguardará desenvolvimento da pandemia do coronavírus para tomar medidas mais drásticas

Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol
Walter Feldman, secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol - Mauro Horita/CBF (Mauro Horita/CBF)

Por Leonardo Ferreira

A pandemia do novo coronavírus, que assola o mundo e fez diversos campeonatos serem suspensos por tempo indeterminado, causaram uma confusão nos calendários das ligas. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contudo, não pensa em uma mudança drástica, ao menos a médio prazo.

Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, o Secretário-geral da entidade máxima do futebol do país, Walter Feldman, rechaçou qualquer mudança de formato do Campeonato Brasileiro, nem mesmo uma possível adequação ao calendário do futebol europeu.

"Por ora, sem mudança. O pessoal tem perguntado de adaptação ao calendário europeu e não existe nada em relação a isso. Pensar em mudança do formato, também não. Até porque qualquer decisão de mudança tem que ser tomada em assembleia democrática dos 20 clubes da série correspondente. Então, a CBF não pode anunciar nada. Quem decide são os próprios clubes. Mas nós achamos que, neste momento não é colocada essa pauta", comentou Feldman, sem demonstrar pressa para resolver a questão.

"De certa forma, ainda estamos distantes do início do Brasileirão, temos que acompanhar a curva epidêmica", completou.

Atualmente, todas as competições no Brasil, incluindo os Estaduais, estão paralisados e sem data para retornarem. Mesmo assim, segundo o Secretário-geral, a tendência é que o calendário esteja "preservado".

"Estamos sintonizados em alternativas. Eu diria que ainda está relativamente preservado, à medida em que houve suspensão da Copa América, das Eliminatórias. O cenário mundial é muito sintonizado com o cenário brasileiro. E o presidente (Rogério) Caboclo tem dito que vamos dar o máximo para dar estabilidade logo após a retomada, nas condições de tempo que forem possíveis. Não pensamos em mudanças estruturais", afirmou.

Uma das maiores discussões entre jornalistas e especialistas é a possível volta do mata-mata ao Campeonato Brasileiro, fórmula que deixou de ser utilizada em 2002. Segundo Walter Feldman, entretanto, não houve nenhum pedido por parte dos clubes para que houvesse tal mudança.

"Nenhum clube manifestou nada em relação a isso. Todo mundo quer saber se dá para manter o formato na fórmula original (de pontos corridos). Ninguém sugeriu mudança de mata-mata, nada disso, seja por ofício, seja por conversas informais, nada. Todo mundo espera que o calendário possa contemplar as formas tradicionais", garantiu.

Possível início de Brasileiro com portões fechados

Antes das efetivas paralisações dos torneios pelo mundo, foi recomendado que as partidas fossem disputadas com portões fechados, como forma de combater a disseminação do novo coronavírus e evitar aglomerações.

No Campeonato Paulista, por exemplo, a recomendação foi seguida apenas para jogos na capital. Na Champions League, a partida do Liverpool chegou a ter presença de público, enquanto que Paris Saint-Germain e Valencia não puderam receber o apoio de seus fãs na arquibancada.

Pensando nisso, Feldman diz avaliar, em conjunto com outros integrantes da CBF, iniciar o Brasileirão, em 03 de maio, com portões fechados, a fim de não atrapalhar o calendário brasileiro.

"Acho que até pode ser, se as autoridades públicas considerarem que isso pode. Agora, sinto uma enorme preocupação em relação aos jogadores, à comissão técnica, esse conjunto. Eu acho que a gente vai ter que ter muita clareza nesse momento, pensando que portões fechados é uma saída", confirmou o dirigente.

"Mas nós hoje estamos muito centrados também nos atores do futebol, que são os atletas, as comissões técnicas e os trabalhadores dos clubes. Se a gente considerar que essa miniaglomeração, já no descenso da doença, é possível, nós avaliaremos naquele momento. Neste momento, não dá para dizermos", concluiu.

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