EXCLUSIVO: Sem tempo pra lamentar, Léo mira temporada do São Paulo: 'Temos que seguir e começar uma nova história'

Um dos sinônimos da paixão, o futebol é capaz de machucar muitos torcedores durante seus capítulos. A boa notícia é que ele sempre te dá oportunidades de escrever novas histórias e seguir outros caminhos. Pelo menos é assim que Léo, zagueiro do São Paulo, enxerga o ano de 2022 do Tricolor até aqui. Se engana quem pensa que o elenco são-paulino não pretende buscar outras decisões na temporada a fim de um desfecho positivo, diferente do Campeonato Paulista.

"Claro que é uma cicatriz recente (não vencer o Paulistão), posso dizer que foi a pior derrota da minha carreira por tudo que envolveu, pela maneira como foi. Eu senti bastante. Mas o futebol te dá oportunidades de recomeçar. Recomeçamos bem na Sul-Americana e no Brasileirão. Agora é seguir, não dá mais pra voltar, não temos mais essa caneta e essa borracha, temos que seguir, começar uma nova história e desenhar um novo caminho. Dói (não vencer o Paulistão). Foi dolorido, foi uma derrota que ninguém queria, mas temos que seguir porque temos competições muito importantes pro São Paulo esse ano", disse o jogador, que complementou:

"A gente se uniu depois do jogo (da final). Infelizmente não dava pra fazer mais nada, a gente tinha que se unir porque depois de quatro dias ia começar a Sul-Americana, imagina se continua levando esse luto? E as outras competições como ficam? A gente tinha que mudar a chave. É difícil de seguir, mas tem que seguir e estamos seguindo", finalizou Léo, em entrevista exclusiva à TNT Sports.

Sem tempo pra lamentar, o São Paulo perdeu a taça do Campeonato Paulista no Allianz Parque no dia 3 de abril e, já na quinta-feira seguinte (07), precisou estrear na Sul-Americana. Além disso, no domingo (10), estreou no Brasileirão. O Tricolor terminou ambas as partidas com duas vitórias: 3 a 2 e 4 a 0, respectivamente.

"É muito importante dar sequência ao trabalho. O Rogério está com a gente desde o ano passado e olha o quanto a gente evoluiu dentro daquilo que ele acredita como futebol, como time e como grupo. Para mim é nítido. Eu priorizo o grupo, não adianta eu falar de um, o grupo unido é muito forte, e quando a torcida enxerga isso eles fazem o que fizeram contra São Bernardo, Corinthians e Palmeiras. Acho que eles enxergaram isso na gente. Que a gente siga focado e dando nosso melhor", disse o zagueiro.

Independente das vitórias e das derrotas que o futebol proporciona na carreira de qualquer jogador, alguns momentos além do campo ficam marcados na memória. Para Léo, a entrada no Estádio do Morumbi no jogo de ida da final do Campeonato Paulista, com 60 mil torcedores, ficou eternizada psicologicamente e fisicamente.

"Tinha muito tempo que eu não entrava com a minha filha. Nesse dia fiz questão e hoje está chegando um quadro que eu pedi pra desenhar da gente entrando naquele momento, quero deixar pro resto da vida. Existem momentos no futebol que não têm explicação, porque junta sonho, vontade, prazer de estar ali... E quando a gente entrou, com tudo desligado, as luzes passando, a torcida cantando, eu olhei e falei: Surreal. E eu falei que esse momento ficaria marcado pro resto da minha vida. É isso que fica: A lembrança e a recordação de como foi especial", contou.

Confira outros trechos da entrevista exclusiva com o zagueiro e lateral esquerdo são-paulino.

Sobre as próximas competições durante a temporada de 2022

"O calendário é bem difícil, são campeonatos diferentes. O Brasileiro ainda tem um risco. Mas um clube como o São Paulo tem que mirar o topo sempre, tem que chegar em decisões. Não podemos estar satisfeitos com qualquer coisa. É ter o máximo de disciplina possível, entender cada vez mais o que o treinador pede, continuar fazendo o que estamos fazendo. O grupo é fantástico. Muitos me perguntam como é o grupo do São Paulo, eu queria que essas pessoas ficassem um mês lá pra ver do que eu falo, da união que tem lá dentro. É muito bacana. Só temos a ganhar com isso tudo e o São Paulo também."

Sobre trabalho com Rogério Ceni

"Ele é obcecado pela vitória, a gente conhece ele bem, como atleta foi assim e como treinador é assim. E isso nos motiva cada vez mais a querer vencer e estar em alto nível. Ele tem isso e passa isso pra gente. Então quando me perguntam dele eu não falo muito, porque a história está aí. É um cara vencedor, campeão, ele sempre quer vencer, não tem muito o que dizer."

Sobre grupo do São Paulo

"Todos os elencos que trabalhei desde 2019 no São Paulo foram muito bons, é muito bom trabalhar aqui. Já falei em diversas entrevistas, me sinto muito bem de estar no São Paulo. Pelo elenco, pela diretoria, pelos funcionários... Num geral eu me sinto bem. Não posso falar pelos outros, mas eu me sinto assim. Todos que peguei, desde 2019, foram maravilhosos, um respeitava o outro, e esse ano não está sendo diferente, e isso de rodar o grupo é importante pra todo mundo se sentir dentro do contexto. Só quem tem a ganhar é o São Paulo."